Políticas do conhecimento, políticas da diferença. Uma etnografia dos processos de produção da epidemia de Zika vírus no Brasil

O objetivo dessa tese é analisar os processos de construção da epidemia de Zika vírus como uma emergência sanitária. Lançando mão de uma etnografia dos documentos e em articulação com os debates oriundos dos Estudos de Gênero (principalmente a crítica feminista da ciência), da Antropologia da Saúde e dos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, minha finalidade é compreender como a produção de políticas sanitárias (os documentos, entendidos como categoria êmica) e a produção de políticas científicas (os documentos, entendidos como categoria analítica) são mobilizadas na produção de respostas à epidemia e na construção do fenômeno emegência sanitária em si. Partindo da ideia do caso Zika, unidade epidemiológica e sociológica, e seus processos de objetivação, neutralização e universalização, discuto como as práticas de classificação, contagem, testagem e modelação são essenciais na conformação de respostas à epidemia no interior de uma lógica sanitária que entende os processos de Estado como práticas de cuidado. Minha hipótese é que tais fenômenos conformam e são conformados por pânicos e economias morais onde os sentidos de gênero e suas relações são o eixo condutor central.

Data da defesa: 
quinta-feira, 13 Julho, 2023 - 14:00
Membros da Banca: 
Profa. Dra. Maria Conceição da Costa - Presidente
Profa. Dra. Guita Grin Debert - Titular
Prof. Dr. Sérgio Luis Carrara - Titular
Profa. Dra. Deisy de Freitas Lima Ventura - Titular
Prof. Dr. Jean Segata - Titular
Profa. Dra. Mariana Moraes de Oliveira Sombrio - Suplente
Profa. Dra. Natália Corazza Padovani - Suplente
Prof. Dr. Mauro Martins Costa Brigeiro - Suplente
Nome do Aluno: 
Jonatan Jackson Sacramento
Sala da defesa: 
Teses I