Esta pesquisa tem como objetivo analisar as contribuições de Flora Tristan (1803-1844) para o debate sobre o trabalho feminino na primeira metade do século XIX. Sua trajetória é marcada por um forte desejo de transformação social e pela luta pelos direitos das mulheres em um contexto de opressão de classe e gênero. Tristan criticou instituições como o casamento, religião e leis, argumentando que a subordinação feminina era sustentada por narrativas históricas e ideológicas. Ela destacou a necessidade da emancipação feminina e da classe trabalhadora para a justiça social, enfatizando o papel das mulheres como agentes históricos. Tristan também apontou a importância de incluir o trabalho doméstico, historicamente invisibilizado, nas discussões sobre classe e opressão. Em suas viagens, documentou as duras condições de vida e trabalho do proletariado, principalmente na Inglaterra, articulando a interdependência entre as lutas femininas e trabalhistas. Sua defesa da educação e da liberdade feminina como instrumentos de mudança social reforça sua contribuição para a sociologia, especialmente ao introduzir a perspectiva de gênero nas discussões sobre opressão de classe.
MULHERES, OPERÁRIOS E OUTROS PÁRIAS: TRABALHO E EMANCIPAÇÃO NA OBRA DE FLORA TRISTAN.
Data da defesa:
quinta-feira, 28 Novembro, 2024 - 09:00
Membros da Banca:
Profa. Dra. Maria Lygia Quartim de Moraes (Presidente)
Profa. Dra. Mariana Miggiolaro Chaguri - Unicamp
Profa. Dra. Roberta Kelly Soromenho Nicolete - USP
Profa. Dra. Natália Corazza Padovani - Unicamp
Profa. Dra. Cynthia de Carvalho Lins Hamlin - UFPE
Programa:
Nome do Aluno:
Luna Ribeiro Campos
Sala da defesa:
Sala de Teses