Juntas ao fio de Ariadne: amizade, coragem e insubmissão no movimento feminista do Ceará

Entre as décadas de 1970 e 1980, o movimento feminista e o movimento de mulheres do Ceará se organizaram politicamente, criaram espaços de luta contra a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985) e teceram críticas referentes à cultura machista que marcava a sociedade cearense. O objetivo do presente trabalho é refletir acerca dos deslocamentos políticos e subjetivos tecidos no espaço de luta política, entre três amigas militantes que ganharam destaque neste período: Rosa da Fonseca, Maria Luiza Fontenele e Célia Zanetti. Na experiência da perseguição política, clandestinidade e tortura, os elos estabelecidos entre essas mulheres entrecruzam feminismo, redemocratização e socialismo, com transformações de si e abertura para o outro. Baseado em conceitos de Michel Foucault, como “amizade como modo de vida”, “parresia” e “cuidado de si”, procuro analisar as narrativas de Célia Zanetti, Rosa da Fonseca e Maria Luiza Fontenele, tendo em vista suas experiências de amizade, coragem e insubmissão. Na esteira das relações estabelecidas por Margareth Rago, Margareth McLaren, Tania Swain, entre teoria foucaultiana e feminismos, pergunto pelo impacto político, cultural e subjetivo que resultam da entrada dessas mulheres nos movimentos feministas do Ceará, entre a década de 1970 e 1980.

Data da defesa: 
quarta-feira, 31 Maio, 2017 - 13:00
Membros da Banca: 
Profa. Dra. Luzia Margareth Rago (IFCH/UNICAMP) - Orientadora
Profa. Dra. Marilda Aparecida Ionta (UFV) - Membro
Profa. Dra. Iara Lis Franco Schiavinatto (IFCH/UNICAMP) - Membro
Profa. Dra. Luana Saturnino Tvardovskas (IFCH/UNICMP) - Suplente
Prof. Dr. Acácio Augusto Sebastião Junior (USP) - Suplente
Programa: 
Nome do Aluno: 
Carolina Melania Ramkrapes
Sala da defesa: 
Sala de Defesa de Teses