A extensão e natureza do processo de democratização mexicano é um elemento de disputa na literatura sobre o tema – se há argumentos de que pressões eleitorais deveriam ser o principal sinal demarcatório da “verdadeira democratização”, existem indícios de que o processo pode ser entendido de forma mais ampla, estendendo-se de 1968 até a derrota eleitoral do candidato a presidente do Partido Revolucionario Institucional (PRI) em 2000. Partindo desta visão abrangente do processo, é possível entrever duas fases distintas: de 1968 a 1988, em que foi “informal”, e de 1988 a 2000, momento em que as pressões eleitorais se tornaram grandes o suficiente para que a questão da abertura deixasse de ser um “se” para se tornar um “quando”. O presente projeto almeja analisar o conceito de “democracia” presente em discussões políticas do primeiro período, a partir de duas frentes: o discurso oficial do Partido Revolucionario Institucional, observado principalmente a partir de informes de gobierno proclamados/publicados pelo presidente nos períodos Díaz Ordaz (1964-1970) a De la Madrid (1982-1988) (inclusive), e a discussão pública quanto ao processo de democratização, a partir de revistas de conteúdo político (Plural e Cuadernos Políticos). A análise tem como pano de fundo reformas democráticas colocadas em prática no período, como a de 1977.
Entre Sistema Hegemônico e “dictadura perfecta”: Ideias de Democracia no México da transição (1968-1988)
Data da defesa:
sexta-feira, 14 Março, 2025 - 14:00
Membros da Banca:
José Alves de Freitas Neto - Orientador (UNICAMP)
Ivia Minelli (UNICAMP)
Larissa Jacheta Riberti (UFRN)
Programa:
Nome do Aluno:
Júlio Matzenbacher Zampietro
Sala da defesa:
Sala Multiuso - IFCH