Entre Penélopes e Evas: a escrita feminista de Júlia Lopes de Almeida

O objetivo desta pesquisa é analisar a poética feminista nas obras de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), escritora carioca que atuou como romancista, cronista, contista, jornalista e conferencista, entre outras ocupações. A partir das obras A família Medeiros (1893), A viúva Simões (1897), A falência (1901), Ânsia eterna (1903), Eles e elas (1910), Cruel amor (1911), Correio da roça (1913), A Silveirinha (1914), “A mulher e a arte” (sem data), e algumas outras publicações da autora em periódicos, analiso não só as críticas da literata à cultura patriarcal de sua época, mas as formas com que cria e propõe outras formas de existência para as mulheres em seus escritos. Para tanto, apresento o pensamento de médicos e juristas que, desde o século XIX, conformaram noções como a inferioridade natural feminina, bem como traço um diálogo entre Júlia e outras feministas e escritoras da época, críticas dessa moral científica e cristã. Nesse sentido, apoio-me, para esta análise, na epistemologia feminista e em conceitos de Michel Foucault, como “dispositivo da sexualidade” e “estéticas da existência”.

Data da defesa: 
quarta-feira, 19 Fevereiro, 2020 - 17:00
Membros da Banca: 
Dra. Luzia Margareth Rago (IFCH/UNICAMP) - Orientadora
Dra. Priscila Piazentini Vieira (UFPR) - Membro
Profa. Dra. Luana Saturnino Tvardovskas (IFCH/UNICAMP) - Membro
Dra. Ana Carolina Arruda de Toledo Murgel (IFCH/UNICAMP) - Suplente
Dra. Marilda Aparecida Ionta (UFV) - Suplente
Programa: 
Nome do Aluno: 
Gabriela Simonetti Trevisan
Sala da defesa: 
Sala da Congregação