Dimensões da cor e faces da política no Império do Brasil: um estudo a partir da trajetória do visconde de Jequitinhonha

Velho conhecido dos estudiosos do Oitocentos brasileiro, Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, visconde de Jequitinhonha (1794-1870), constitui personagem ainda pouquíssimo explorado pela historiografia. Baiano nascido livre e marcado pelos sinais da ancestralidade africana, ele transitou com grande fôlego por entre os mundos da política e das letras dos tempos do Império. Neles, fez fortuna. E destacou-se no interior de esferas tradicionalmente ocupadas por sujeitos que, muitas vezes, se não socialmente qualificados como brancos, ao menos pareciam se querer reconhecidos como tais.

Carregando consigo uma forte aposta no biográfico, este trabalho se propõe a perseguir os passos do visconde para destrinchar e discutir, por meio deles, alguns dos diferentes mecanismos, possibilidades e limites de inserção e de mobilidade social que balizaram, em âmbitos e espaços públicos e privados, a construção de identidades, relações e hierarquias no Brasil do século XIX. Dentro dessa chave, a tese defendida, aqui, é a de que as transformações e a lenta corrosão do regime escravista estimularam um progressivo enrijecimento de fronteiras sociais delineadas a partir de atributos como a origem, a cor e a condição de cada um.

Data da defesa: 
sexta-feira, 29 Setembro, 2023 - 09:00
Membros da Banca: 
Ricardo Figueiredo Pirola - Orientador (UNICAMP)
Larissa Moreira Viana (UFF)
Lucilene Reginaldo (UNICAMP)
Elciene Rizzato Azevedo (UEFS)
Ivana Stolze Lima (FCRB)
Programa: 
Nome do Aluno: 
Sebastião Eugenio Ribeiro de Castro Junior
Sala da defesa: 
Teses I