Um dos objetivos de Kant na Fundamentação da Metafísica dos Costumes é identificar o princípio supremo da moralidade. O objetivo desta pesquisa é analisar os argumentos da primeira e segunda seções, conhecidos na literatura como as derivações, que identificam a chamada Fórmula da Lei Universal (FLU) - “age apenas segundo a máxima pela qual possas ao mesmo tempo querer que ela se torne uma lei universal”- como uma das formulações de tal princípio. Segundo muitos intérpretes, esses argumentos contêm um “gap” argumentativo, pois Kant teria concluído a FLU após considerá-la equivalente ao princípio de que sempre se deve conformar as máximas a leis universais. No entanto, os críticos argumentam que esses princípios diferem significativamente, uma vez que conferem status morais diferentes a uma mesma máxima. Assim, Kant não teria justificado adequadamente a FLU. Esta dissertação analisa cuidadosamente a derivação da FLU da primeira seção (em GMS 402) e da segunda seção (em GMS 420-1) da Fundamentação. Argumentamos que o conceito de autonomia (ou autolegislação) de Kant, introduzido (mesmo que tacitamente) na primeira seção e completamente explicitado na segunda, justifica a sua passagem da ideia de conformidade a leis universais para a FLU, tal que não há lacuna nas derivações desta fórmula.
A derivação kantiana da Fórmula da Lei Universal na Fundamentação: uma defesa
Data da defesa:
quinta-feira, 26 Agosto, 2021 - 15:00
Membros da Banca:
Presidente Profa. Dra. Monique Hulshof IFCH / UNICAMP
Membros Titulares Dr. Robinson dos Santos UFPel Universidade Federal de Pelotas
Dr. Joel Thiago Klein Universidade Federal do Paraná
Membros Suplentes Dr. Diego Kosbiau Trevisan Universidade Federal de Santa Catarina,
Prof. Dr. Rafael Rodrigues Garcia IFCH / UNICAMP
Programa:
Nome do Aluno:
Vinicius Pinto de Carvalho
Sala da defesa:
Integralmente a Distância - link https://youtu.be/crdNnwsL2V0