A defesa e a busca pela verdade primeira que possa fundamentar o conhecimento marcam, de forma incisiva, a filosofia cartesiana. Este fundamento primeiro deve, segundo Descartes, cumprir duas exigências, a saber: uma é ser claro, evidente e superar toda dúvida possível; e a outra é que dele deve depender toda cadeia do conhecimento. Essas exigências correspondem àquilo que Descartes concebe como intuição, ou seja, àquilo que comporta todas essas características é uma intuição, sendo essa, o fundamento primeiro da filosofia cartesiana. No entanto, em Descartes, é possível considerar duas situações em que há intuição: na descoberta do cogito e nas matemáticas, mas, somente o cogito ocupa o lugar de fundamento primeiro do conhecimento. Tendo em vista esse cenário geral, nossa investigação tem como objetivo problematizar esses dois objetos (o cogito e a matemática) na tentativa de compreender o que faz do cogito essa verdade primeira. Uma hipótese poderia ser a seguinte: a diferenciação dos graus da intuição, talvez nos permita mostrar que, o que faz de uma intuição primeira frente à outra, na investigação matemática e no processo de descoberta do cogito, é o fato de que no cogito teríamos uma identificação entre conteúdo e operação, isto é, a intuição no cogito é absolutamente auto-evidente
Defesa de Mestrado de Jessica Kellen Rodrigues
Data da defesa:
sexta-feira, 28 Setembro, 2018 - 22:00
Membros da Banca:
Presidente Prof. Dr. Marcio Augusto Damin Custodio IFCH / UNICAMP
Membros Titulares Prof. Dr. João Geraldo Martins da Cunha Universidade Federal de Lavras Profa. Dra. Monique Hulshof IFCH / UNICAMP
Membros Suplentes Prof. Dr. Rafael Rodrigues Garcia IFCH / UNICAMP Profa. Dra. Celi Hirata Universidade Federal de São Carlos
Programa:
Nome do Aluno:
Jessica Kellen Rodrigues
Sala da defesa:
Sala de Defesa de Teses 1
Comentar