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A noção de individuação é tema de debates, alvo de redefinições e objeto de estudos de variados campos do conhecimento. A presente tese pretende expor algumas leituras sobre a noção de individuação que refletem a necessidade de uma formulação do conceito de indivíduo, integrado a certas filosofias dispostas a avançar sobre a problemática da vida. Para tanto, serão apresentadas análises da noção de individuação em Henri Bergson, Gilbert Simondon e Gilles Deleuze. Em primeiro lugar, circunscrevemos algumas transformações notadas pela relação entre filosofia e ciência face aos limites de definição do vivo. Neste prisma, a contribuição de Bergson é seminal para promover um debate filosófico em torno vida. O bergsonismo desempenha um papel-chave no desvio tanto das concepções do materialismo moderno e seus modelos de homem-máquina, quanto do vitalismo ligeiro que opõe energia vital à matéria. O percurso da pesquisa adota uma via que não se pretende uma comparação da noção de individuação entre os autores. Procuramos explorar os adensamentos desta noção em cada filosofia para assimilar as transformações de uma concepção de individuo capaz de responder a uma reorientação do pensamento filosófico sobre a vida.