Defesa de Mestrado de Maria Clara Pereira e Silva
Enviado por secr_pos_filosofia em seg, 14/05/2018 - 11:39Esta dissertação tem por escopo analisar a noção de relação no interior da teoria cognitiva de Durandus de St. Pourçain, no Comentário às Sentenças de Pedro Lombardo I, d. 3, q. 5 e II, d. 3, q. 5. Para Durandus, quando o intelecto opera por meio de um ato cognitivo, nenhuma entidade absoluta é adicionada a ele. A cognição, ou pensamento, é tratada pelo autor como uma entidade relativa e não como algo que o intelecto possui, ou que é adicionado a ele de maneira real. Nessa medida, a cognição é entendida como o modo pelo qual o poder cognitivo se relaciona com outras coisas que não ele mesmo. Ao determinar sua noção de relação, Durandus nega os pressupostos do processo de cognição de Tomás de Aquino, especialmente as noções de espécies inteligíveis, universais e intelecto agente. A presente investigação visa apresentar a maneira pela qual Durandus nega os pressupostos do processo de cognição de Tomás e sustenta sua própria teoria cognitiva por meio da sua noção de relação.