A influência do Benefício de Prestação Continuada na expectativa de vida saudável dos idosos brasileiros em 2008
Enviado por secr_pos_demografia em qui, 25/01/2018 - 09:05Este trabalho tem como objetivo analisar a influência da renda proveniente do Benefício de Prestação Continuada (BPC) na expectativa de vida saudável dos idosos brasileiros em 2008. O BCP assegura um salário mínimo aos idosos com mais de 65 anos de vida, com renda per capita de até ¼ de salário-mínimo e que comprovem não serem providos por sua família. Para o desenvolvimento deste estudo, foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) em 2008. As condições de saúde dos idosos foram determinadas pela autopercepção de saúde, categorizada em boa e ruim, e a renda, por meio da informação quanto a ser o idoso beneficiário do BPC ou não. Para análise dos dados, foi aplicado o Método Sullivan, que combina informações de morbidade e mortalidade, fornecendo uma estimava da expectativa de vida saudável. Os resultados mostraram que os idosos sem BPC apresentaram as melhores expectativas de vida saudável, tanto entre os homens como entre as mulheres, no Brasil e em todas as suas regiões. Uma das explicações consideradas refere-se à dificuldade desse grupo em acessar equipamentos de saúde, resultando em maior desconhecimento de possíveis doenças. Outro resultado expressivo mostra que a renda obtida com o BPC adicionada a outros rendimentos melhora a percepção de saúde especialmente entre os homens, uma vez que esse grupo apresenta a segunda maior expectativa de vida saudável dentre os grupos comparados, no Brasil e nas cinco regiões do País. Entre as mulheres, o recebimento do benefício também proporciona melhor percepção na expectativa de vida saudável, mas em menor intensidade do que entre os homens.