Expectativas para a "nação portuguesa" no contexto da Independência: o projeto de Joaquim José da Silva Maia (1821-1823)
Enviado por secr_pos_mhistoria em sex, 19/01/2018 - 11:47O trabalho analisa especialmente o projeto de reforma do Império Português defendido pelo negociante e membro do senado da Câmara da Bahia de origem portuguesa, Joaquim José da Silva Maia, redator do Semanário Cívico, periódico baiano que circulou entre 1821 e 1823 difundindo a proposta de que o constitucionalismo gestado na década de 1820 era fundamental para o progresso da nação portuguesa, pois significaria melhorias para os setores do comércio, da indústria e da agricultura prejudicados pela abertura dos portos, em 1808, e pelo tratado de amizade e comércio celebrado com os britânicos, em 1810. Tem por objetivos demonstrar o compromisso desse personagem com o liberalismo e a monarquia constitucional, assim como o debate por ele travado através do jornal com signatários de outros projetos divulgados em Lisboa, Londres e Rio de Janeiro, de forma a problematizar as acusações de “áulico” e “recolonizador” lançadas contra Maia por seus adversários políticos entre 1820 e 1832, incorporadas e ampliadas com os termos “reacionário” e “conservador” pela historiografia que o abordou no século XX”. Além do Semanário Cívico, a dissertação fundamenta-se em jornais da época a exemplo do Correio Braziliense, da Gazeta de Lisboa, da Gazeta do Rio de Janeiro e do Revérbero Constitucional Fluminense, entre outros.