Entre 1919 e 1922, inauguraram-se as obras de reformulação do antigo Largo da Memória, no centro da cidade de São Paulo, e da construção dos monumentos comemorativos do centenário da independência brasileira, localizados ao longo da antiga estrada que ligava o litoral paulista à cidade de São Paulo. Tais monumentos, revestidos por azulejos decorativos, marcam uma nova fase da história da azulejaria brasileira a medida que introduzem novas interpretações espaciais e simbólicas em suas arquiteturas, seja por meio das características materiais de seus azulejos e seu valor imagético, ou ainda através de seu relacionamento com o local de fabricação e origem. O presente trabalho investiga a formação das artes decorativas aplicadas, seu uso no âmbito industrial e na composição de uma linguagem artística na arquitetura paulista do início do século XX. Partimos da análise da pioneira Fábrica de Louças Santa Catharina, inaugurada em São Paulo em 1913, onde foram confeccionados esses azulejos, e da importante rede de profissionais e artistas da época, para, por fim, relacioná-los com o contexto de grande transformação urbana, com as mudanças vinculadas às novas noções de higiene e com o surgimento de novos valores estéticos que passariam a ser defendidos no início daquele século em São Paulo.
Azulejos na Arquitetura Paulista: das artes decorativas às artes industriais
Data da defesa:
quarta-feira, 19 Junho, 2024 - 09:00
Membros da Banca:
Cristina Meneguello - Orientadora (UNICAMP)
Silvana Barbosa Rubino (UNICAMP)
Guido Vittorio Zucconi (Università Iuav di Venezia)
Paulo César Garcez Marins (USP)
Eduardo Augusto Costa (USP)
Programa:
Nome do Aluno:
Renata Poliana Cezar Monezzi
Sala da defesa:
Defesa remota