A presente dissertação analisou a produção dos alunos de marcenaria e entalhação da Escola de Artes e Ofícios de Amparo, atual ETE João Belarmino, entre as décadas de 1910 e 1950, contexto em que cidade passou a investir na capacitação da mão de obra excedente do campo. A cidade que vivia da produção do café, no início da República, espelhada na capital paulista, carregava o discurso da modernização, por isso, sua elite inaugurou a escola que prepararia seus alunos para o mercado de trabalho industrial. Contudo, falamos de um contexto de transição entre a arte e a técnica dentro dessas escolas que se espelhavam nos antigos Liceus e traziam cada vez mais a técnica para capacitar seus alunos nessa sociedade que paulatinamente se industrializava. A partir disso, o governo do estado de São Paulo, na década de 1930, criou o órgão da Superintendência do Ensino Profissional para regular as escolas profissionais que surgiram em todo o estado. Os desenhos oriundos da Superintendência serviram de modelos para serem estudados pelos alunos. Se por um lado o desenho norteava e disciplinava os alunos para a confecção de produtos, por outro exaltava o caráter artístico. A discussão do texto aborda o conceito de Artes Menores e do movimento Arts and Crafts, pois na moderna sociedade industrial, devido à opção pela mecanização, haveria uma perda das Artes Menores. Essas que procuram embelezar o cotidiano do homem, por isso, a preocupação com os desenhos que eram a base para a produção do mobiliário. A partir da análise desses desenhos e do mobiliário construído pelos alunos de seção de marcenaria de Amparo, não conseguimos identificar uma cópia perfeita dos moldes enviados pela Superintendência, vimos estilos recorrentes e motivos artísticos que se repetem. O que leva a acreditar que valorizava-se a técnica, mas ainda falamos de artes e tradição de um ofício, de uma individualidade que se reproduz no trabalho e sua produção.A presente dissertação analisou a produção dos alunos de marcenaria e entalhação da Escola de Artes e Ofícios de Amparo, atual ETE João Belarmino, entre as décadas de 1910 e 1950, contexto em que cidade passou a investir na capacitação da mão de obra excedente do campo. A cidade que vivia da produção do café, no início da República, espelhada na capital paulista, carregava o discurso da modernização, por isso, sua elite inaugurou a escola que prepararia seus alunos para o mercado de trabalho industrial. Contudo, falamos de um contexto de transição entre a arte e a técnica dentro dessas escolas que se espelhavam nos antigos Liceus e traziam cada vez mais a técnica para capacitar seus alunos nessa sociedade que paulatinamente se industrializava. A partir disso, o governo do estado de São Paulo, na década de 1930, criou o órgão da Superintendência do Ensino Profissional para regular as escolas profissionais que surgiram em todo o estado. Os desenhos oriundos da Superintendência serviram de modelos para serem estudados pelos alunos. Se por um lado o desenho norteava e disciplinava os alunos para a confecção de produtos, por outro exaltava o caráter artístico. A discussão do texto aborda o conceito de Artes Menores e do movimento Arts and Crafts, pois na moderna sociedade industrial, devido à opção pela mecanização, haveria uma perda das Artes Menores. Essas que procuram embelezar o cotidiano do homem, por isso, a preocupação com os desenhos que eram a base para a produção do mobiliário. A partir da análise desses desenhos e do mobiliário construído pelos alunos de seção de marcenaria de Amparo, não conseguimos identificar uma cópia perfeita dos moldes enviados pela Superintendência, vimos estilos recorrentes e motivos artísticos que se repetem. O que leva a acreditar que valorizava-se a técnica, mas ainda falamos de artes e tradição de um ofício, de uma individualidade que se reproduz no trabalho e sua produção.
Artífices de Vida e Práticas Concretas: A Produção dos Alunos de Marcenaria da Escola de Artes e Ofícios de Amparo (1910 a 1950).
Data da defesa:
segunda-feira, 30 Setembro, 2019 - 18:00
Membros da Banca:
Presidente Profa. Dra. Cristina Meneguello (IFCH/UNICAMP) - Orientadora
Prof. Dr. Lindener Pareto Junior (PUCC) - Membro
Dra. Rita de Cássia Francisco (Arq. Mun. Campinas) - Membro
Dra. Alessandra Pedro (UNICAMP) - Suplente
Dr. Marcelo Mac Cord (UFF) - Suplente
Programa:
Nome do Aluno:
Camila Araujo Gonçalves
Sala da defesa:
Auditório Fausto Castilho