Antiguidade romana, usos do passado e representações: o caso de Tarragona (Espanha) - (1939-2015)

O objetivo principal da pesquisa não será fazer um relato da história da Tarraco romana a partir do material disponível para tanto. É inquestionável que isso estará presente, mas o ponto de discussão central não é esse. O que se pretende investigar são os momentos que esses vestígios passaram a integrar as preocupações e os interesses da sociedade – algo que só aconteceu a partir do século XVI – e os discursos proferidos e os sentidos dados a esse material em épocas distintas. Levando em conta as contribuições dos debates relativos aos “usos do passado”, buscase entender a quem interessou e os motivos desse interesse em torno do passado romano de Tarragona. Se na época do franquismo, por exemplo, esses vestígios legitimaram o discurso de unidade do Império romano sob Augusto ao qual a Espanha nacionalista de Franco deveria ter como modelo, nos dias de hoje se comemora “as raízes clássicas e mediterrâneas da Catalunha” . Isto é, os mesmos vestígios, a mesma história, em contextos sociais e políticos distintos, são representados e utilizados para atribuir legitimidade a intenções e objetivos diversos, e até mesmo, contraditórios. Enfim, o que se busca é contar a história do interesse por esses vestígios, levando em consideração que cada ambiente social, cultural e político atribuiu e atribui significados próprios a eles.

Link para Defesa: https://meet.google.com/tpv-ebyn-ruz?pli=1&authuser=1

Data da defesa: 
terça-feira, 30 Junho, 2020 - 12:30
Membros da Banca: 
Aline Vieira de Carvalho - Presidente (UNICAMP)
Glaydson José da Silva (UNIFESP)
Jorge Elices Ocón (UNIFESP)
Joana Carolina Schossler (UNICAMP)
Patricia Nunes da Silva Mariuzzo (UNICAMP)
Programa: 
Nome do Aluno: 
Rafael Augusto Nakayama Rufino
Sala da defesa: 
Integralmente a Distância