Este projeto de pesquisa tem como objetivo geral analisar a dinâmica e a sustentabilidade da cadeia produtiva do mel de meliponíneos da região do Rio Urubu – município de Boa Vista do Ramos (AM), região Amazônica - Brasil, tendo como objetivos específicos: (i) identificar e analisar a trajetória dos meliponicultores e os motivos que os levaram a se envolver com a atividade; (ii) levantar o perfil socioeconômico dos meliponicultores; (iii) analisar as mudanças das condições de vida dos meliponicultores em termos socioeconômicos; (iv) analisar a organização local (coletiva) dos meliponicultores e os arranjos institucionais da cadeia produtiva da meliponicultura e; (v) investigar a contribuição do conhecimento e práticas locais (meliponicultores) para o desenvolvimento da meliponicultura. O empreendedorismo sustentável/ comunitário/ rural, a ação coletiva e os saberes locais sobre o manejo de abelhas indígenas sem ferrão tornam-se necessários para discutir essas categorias de forma interligada com a sustentabilidade social, econômica e ambiental. No município de Boa Vista do Ramos, a atividade é fortalecida por meio da COOPMEL (Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia) fundada no dia 29 de julho de 2007. Atualmente com 50 famílias beneficiadas em quatro comunidades localizadas no rio Urubu, manejam em torno de 2.000 colônias de abelhas indígenas sem ferrão. No ano de 2014, a cooperativa melhorou o processo de beneficiamento do mel, com a inauguração da fábrica, que objetiva viabilizar a produção e comercialização de seus produtos, além de atender exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), gerar emprego e renda, e melhorar as condições de trabalho das famílias cooperadas, ao mesmo tempo que contribui para recompor e proteger a cobertura florestal. A partir dos métodos qualitativos e quantitativos, a pesquisa abordará e analisará a dinâmica da cadeia produtiva do mel de meliponíneos sob as dimensões sociais e de trabalho, econômicas/ produtivas e ambientais dos meliponicultores e os arranjos institucionais que dão suporte à gestão local da meliponicultura.
