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É certo que O anticristo (doravante abreviado como A.) é uma das últimas obras cujas provas tipográficas tenham sido ainda revisadas por Nietzsche antes do colapso mental que o acometeu na passagem do ano de 1888 para 1889. Por que priorizar este dentre os escritos tardios de Nietzsche, se justamnte nele se deixam perceber traços inegáveis e inúmeros da virulência que reduziu o filósofo ao mutismo no final do ano 1888?
É porque o tomamos como uma espécie de acabamento necessário da Obra de Nietzsche, como o lanche derradeiro do embate titânico que o opôs a seu tempo, como a expressão paroxística de sua extemporaneidade, na qual, para nos valermos da imagem sugestiva que G. Colli oferece em seu Pósfácio à edição crítica de A.: "O meditado brilhantismo estilístico" sobre a dissolução de umindividuo" (10 p.454). O A. é inequívoco acerca da postura de Nietzsche em face do homem moderno e da modernidade:"E para não deixar nenhuma dúvida a respeito do que eu desprezo, de quem é que eu despreso: é o homem de hoje , o homem do qual eu sou fatalmente contemporâneo.
Série: Primeira Versão Área de conhecimento: Filosofia Ano: 1994 Peso: 0 gramas Tamanho: 12x15 Número de páginas: 30 Arquivo digital do livro: