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Política Empresarial em Tempos de Crise - nº 48
Sebastião C. Velasco e Cruz

Salvo engano, o discurso corrente, acadêmico ou leigo, sobre as pautas de conduta predominantes entre os empresários e suas organizações pões em realce as seguintes características: a despreocupação com as consequências mediatas das posições assumidas, o autoreferenciamento, uma versão ou noutra, o oportunismo.

Com efeito, tornou -se já um lugar comum invectivar os empresários - Sobretudo os grandes pela volúpia com que demandam proteção, incentivos, insenções de toda espécie; pela pronta disposição para ajustar -se a qualquer pressão de custo através da majoração de seus preços; pela inclinação inversamente proporcional que demostram para realizar os investimentos necessários a fim de melhorar a qualidade dos bens que produzem, assegurar ganhos de produtividade e, dessa forma, tornar mais competitivas as sus empresas. Traço dominante no comprtamento dos empresários, esse padrão perverso seria comunicado às organizações que se representam.

Carentes de autonomia, incapazes de exercer uma ação condutora ou mesmo moderadora - sobre seus menbros, as entidades de classe do patronato se restringiriam à mera advocacia de interesses localizados e limitadamente definidos, encobertos pelo manto de um discurso geral e vazio cujas fraturas, mais que a consciência falsa, trairiam a falsidade da consciência.


Série: Primeira Versão
Área de conhecimento: Ciência Política
Ano: 1992
Peso: 0 gramas
Tamanho: 12x15
Número de páginas: 30
Arquivo digital do livro: PDF icon primeira_versao_-_48_ok.pdf
Resumo do livro: Arquivo indisponível
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