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O presente trabalho decorre do cotejo dos dois principais  conjuntos de textos de Kuhn sobre a gênese da "nova historiografia" da ciência. No primeiro, pode-se dizer que a mudança é estritamente endógena (recorre de razão internas). No segundo, a mudança é predominantemente exógena. Para  equacionar a questão, o artigo remete  a um texto de Kuhn considerado menos importante dentro de sua obra  (Kuhn, 1970b) e procura apontar e distinguir o papel de Koyré e o papel de Kuhn - do ponto de vista de Kuhn - no desenvolvimento da historiografia da ciência.