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Produção Acadêmica

ILEGÍTIMOS E EXPOSTOS NA NASCENTE REPÚBLICA BRASILEIRA ATRAVÉS DOS CENSOS DEMOGRÁFICOS DE 1890 E1900

Tipo: Produção Bibliográfica
| Ano: 2024

Resumo

A proposta é contribuir para o estudo da ilegitimidade e do abandono por meio da exploração de
dois censos da população geral brasileira, realizados nos anos de 1890 e 1900, que incluem a variável
“filiação”. Procuramos mapear a incidência da ilegitimidade e do abandono, com abrangência nacional num
período em que os estudos sobre o tema são escassos. Os censos selecionados são os únicos que incluem a
variável “filiação”. Isso significa que as informações oferecem a oportunidade de conhecer não apenas a
incidência do fenômeno da ilegitimidade e da exposição para toda a população brasileira, mas também
permitem que as informações sejam desagregadas com base em diversos critérios. Questionar a
continuidade do fenômeno da ilegitimidade e do abandono, desde o período colonial, bem como identificar
as diferenças entre as diversas regiões, incluindo as capitais e o interior dos entes federativos, estão entre
os objetivos desta proposta. A partir dos resultados elencados foi possível ter uma visão de conjunto do
fenômeno da ilegitimidade, que se revelou consistentemente presente em nossa história, desde o período
colonial. A persistência do fenômeno, por outro lado, não significa que houvesse uniformidade em sua
distribuição. Pelo contrário, a análise dos dados revelou diferenças consideráveis entre os estados, assim
como, imensa variação entre as capitais e o interior do país, apesar de confirmar que era nas capitais dos
estados que a ilegitimidade era mais volumosa. Ainda que seja um desafio dar conta de explicar os números
tão díspares que foram encontrados para as várias regiões, buscamos lançar algumas hipóteses explicativas,
sobretudo correlacionando com a presença maior ou menor de imigrantes estrangeiros, a incidência maior
ou menor de população egressa da escravidão.

Membros

Ana Silvia Volpi Scott
MARIA SILVIA CASAGRANDE BEOZZO BASSANEZI
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Joice Melo Vieira