A partir dos estudos multiespécies, pretende-se analisar como se dão as relações de controle dos corpos humanos e dos corpos não-humanos no processo de desenvolvimento de práticas agrícolas convencionais e orgânicas. Buscando ultrapassar compreensões tipológicas e fixas dos organismos e das relações travadas no campo da agricultura, os estudos de gênero terão espaço fundamental na construção teórica da pesquisa. A vivência de corpos dissidentes do sistema cisheteronormativo contribuirá para entender as maneiras por meio das quais o controle é capaz de moldar e conformar existências no mundo, sendo o próprio corpo a transversalidade que conecta ambos os campos da agricultura e das discussões sobre gênero. Pretendemos, através do processo etnográfico a ser desenvolvido em sítios agrícolas no interior do estado de São Paulo, deslocar certezas sobre o que entende-se enquanto um cultivo orgânico e um cultivo convencional, assim como entender quais sãos as práticas e as concessões que descrevem, identificam e transformam esses processos do fazer agrícola pautados na construção de normas e na mitigação de desvios. Exploraremos, assim, as articulações desses campos que permeiam múltiplas narrativas.
As transversalidades do corpo e as travessuras do controle: uma etnografia sobre práticas agrícolas à luz dos estudos de gênero e das relações multiespécies
Data da defesa:
terça-feira, 25 Fevereiro, 2025 - 14:00
Membros da Banca:
Profa. Dra. Joana Cabral de Oliveira - Presidente
Profa. Dra. Marisol Marini - Titular
Profa. Dra. Nashieli Cecilia Rangel Loera - Titular
Profa. Dra. Mariana Oliveira e Souza - Suplente
Prof. Dr. Christiano Key Tambascia - Suplente
Programa:
Nome do Aluno:
Joaquim Augusto de Araujo
Sala da defesa:
Teses I