Esta pesquisa está interessada em explorar, no mundo nahua, os fenômenos em torno da constituição de uma pessoa kuilot, atentando para a forma em que ela aparece no interior do sistema nativo de sexo/gênero e observando uma determinada economia de afetos e de desejos que aproxima e separa pessoas ao mesmo tempo que engendra englobamentos cujo idioma central é a alimentação. Neste processo, trataremos das relações entre cosmovisão, afetividade, conhecimento, sexualidade, violência sexual e produção de parentesco na constituição do corpo e da pessoalidade kuilot. Nossa preocupação é tratar do modo em que este, alguém que parece mulher (siautamatik), é tratado ordinariamente como um tipo diferente de homem ou uma mulher metafórica, mas que no ato sexual é equiparado à mulher, sendo considerado como uma. A partir daí, poderemos explorar a forma em que o kuilot transita pelas categorias de gênero, sexo e orientação sexual das quais se valem os antropólogos: nem um homem, nem uma mulher, nem um homossexual, o kuilot se encontra na intersecção dessas categorias na mesma medida em que o seu estatuto varia a partir do campo relacional em que ele se coloca.
Siuatamatik, ou ser como mulher: afeto, gênero e sexualidade nahua na produção do corpo kuilot
Data da defesa:
terça-feira, 31 Julho, 2018 - 13:00
Membros da Banca:
Vanessa Rosemary Lea - orientadora
Artionka Manuela Goes Capiberibe - membro interno
Valeria Mendonça de Macedo - membro externo
Diego Madi Dias - suplente externo
Uirá Felippe Garcia - suplente interno
Programa:
Nome do Aluno:
Lucas da Costa Maciel
Sala da defesa:
Sala de Defesa de Teses
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