A proposta desta etnografia é investigar a Classificação Indicativa, política executada pelo Ministério da Justiça que tem como atribuição analisar e classificar as produções audiovisuais exibidas e comercializadas em território nacional, mapeando os conteúdos inadequados para o público infanto-juvenil relacionados às temáticas sexo, violência e uso de drogas. Pensada como ferramenta democrática de proteção frente ao efeitos negativos dos conteúdos midiáticos, sua função principal seria a de fornecer às famílias e à sociedade informações antecipadas sobre o que é exibido nas telas de cinema e televisão, ajudando a limitar o acesso de crianças e adolescentes. O foco deste trabalho é apreender a produção político-administrativa deste dispositivo, percorrendo seus protocolos, procedimentos e artefatos administrativos, bem como as ideias e discursos que lhe dão fundamento. Exploro o trabalho classificatório, com seus critérios e práticas interpretativas, bem como as concepções de infância, adolescência, proteção, efeito das imagens e tecnicidade o sustentam. Deste modo, busco refletir sobre como os limites morais em torno destas ações estatais são estabelecidos, os dissensos e consensos em seu entorno, e os efeitos sociopolíticos que produzem.
Quando classificar é proteger: uma etnografia da política brasileira de classificação indicativa de audiovisuais
Data da defesa:
terça-feira, 9 Março, 2021 - 17:00
Membros da Banca:
Profa. Dra. Maria Filomena Gregori (Presidente) - UNICAMP
Dra. Leticia Carvalho de Mesquita Ferreira - UFRJ
Dra. Heloísa Buarque de Almeida - USP
Dra. Larissa Nadai - UNICAMP
Profa. Dra. Natália Corazza Padovani - UNICAMP
Programa:
Nome do Aluno:
Rodolfo Moraes Reis
Sala da defesa:
Integralmente à distância - https://www.youtube.com/watch?v=blfoky2ideY