O PENSAMENTO POLÍTICO DE HUGO BLANCO (1958-2023): a questão indígena, do trotskismo ao autogoverno

  Esta pesquisa constrói um estudo exploratório de análise e de sistematização do pensamento político de Hugo Blanco (1934–2023), um revolucionário cusquenho que se torna autor com a intenção de narrar e de avaliar sua experiência nos movimentos de massa. Amparada pela análise documental, a investigação é orientada por três períodos guiados pela trajetória de Blanco: um primeiro momento de atuação na luta pela reforma agrária e em filiação com o trotskismo (1958–1972), marcado pela publicação de seu primeiro livro, Tierra o muerte (1972); seguido por um período de atuação parlamentar localizado entre dois exílios (1973–1992); e, finalmente, a defesa do autonomismo centrado no autogoverno dos povos indígenas (1992–2023), que conta também com a publicação de seu último livro, Nosotrxs lxs indixs (2019). Para arquitetar a pesquisa, apresento como hipóteses que: (1) a linha condutora de seu pensamento político foi a questão indígena; (2) Blanco foi uma figura de transição entre as demandas políticas indigenistas e indianistas no cenário político peruano; e (3) houve um movimento de dupla-tradução no pensamento político de Blanco, consistindo na tradução dialética das demandas indígenas às ideias políticas oriundas da Europa e dos Estados Unidos e vice-versa, do centro à periferia e da periferia ao centro.

Data da defesa: 
sexta-feira, 28 Fevereiro, 2025 - 10:00
Membros da Banca: 
André Kaysel Velasco e Cruz (Docente) - Presidente
Álvaro Gabriel Bianchi Mendez (Docente) - Titular
Bernardo Ricupero (Colaborador) - Titular
Daniela Xavier Haj Mussi (Colaborador) - Suplente
Vanderlei Vazelesk Ribeiro (Colaborador) - Suplente
Nome do Aluno: 
Mariana El Khoury Oliveira
Sala da defesa: 
Sala da Congregação