A Iconografia Fotográfica da Salpêtrière se constitui como um compêndio de estudos de casos e experimentações clínicas sobre a histeria, epilepsia, hístero-epilepsia e suas comorbidades. Empreendida pelos neurologistas Jean-Martin Charcot (1825-1893) e Désiré-Magloire Bourneville (1840-1909) em conjunto com o fotógrafo e fisiologista Paul Regnard (1850-1927), a obra é dividida em três volumes publicados, datados de 1877, 1878 e 1 879-1880. No conjunto dos três tomos, são apresentadas 119 fotografias. Compreender como essas imagens dialogam com a narrativa clínica expressa nos álbuns, com quais outros repertórios visuais esses registros se relacionam e de que forma essas fotos foram concebidas são os principais interesses dessa pesquisa. Para tanto, foi necessário analisar quais práticas e discursos estiveram associados à produção dessas imagens; demonstrar como a obra iconográfica reiterou a histeria como uma doença de mulheres e, por fim; depreender que elementos próprios ao contexto do século XIX permitiram a partilha de um universo simbólico entre ciência e arte, garantindo à obra iconográfica um caráter fronteiriço entre essas áreas.
O olho clínico: Charcot e a conformação da imagem na produção da Iconografia Fotográfica da Salpêtrière.
Data da defesa:
quarta-feira, 1 Setembro, 2021 - 14:30
Membros da Banca:
Profa Dra Heloisa André Pontes - Presidente
Profa Dra Carolina Branco de Castro Ferreira - Titular
Profa Dra Fabíola Rohden - Titular
Prof Dr Christiano Key Tambascia - Suplente
Profa Dra Larissa Nadai - Suplente
Programa:
Nome do Aluno:
Ana Carolina Verdicchio Rodegher
Sala da defesa:
Integralmente à distância - link: https://youtu.be/7eoR9JuxL7Q