Neste trabalho apresento uma etnografia sobre a experiência prisional de estrangeiras em São Paulo marcada, de um lado, pelo corte com exterior (no duplo sentido do termo, extramuros e seu país de origem), e, de outro, por uma série de conexões que lhes garante certas presenças e outras margens de agência no exterior. Com base no trabalho de campo multissituado (intra, entre e extramuros) busco analisar o modo como essas mulheres se fazem estrangeiras na relação com outros agentes entre os múltiplos interiores e exteriores da prisão. Partindo de minha atuação como voluntária do ITTC (Instituto Terra Trabalho e Cidadania), mas não me restringindo a ela, persegui redes dentro de redes, fluxos por entre diferentes fronteiras, em diferentes escalas, que articulam o aprisionamento desde as pessoas (in)dividuais até os emaranhados transnacionais. Tais fluxos e fronteiras são observados a partir dos laços construídos no jogo das políticas prisionais e prisioneiras e no exercício da maternidade. Nessa dupla reflexão, argumento acerca de como as interações por entre fronteiras prisionais transnacionais dão vida a estrangeiras e o contrário, como as relações estabelecidas por, e em torno dessas mulheres, dão vida a fronteiras prisionais em diferentes escalas.
Nem dentro, nem fora: a experiência prisional de estrangeiras em São Paulo
Data da defesa:
terça-feira, 1 Novembro, 2016 - 16:00
Membros da Banca:
Adriana Gracia Piscitelli - orientadora
Claudia Lee Williams Fonseca - membro - UFRS
Iara Aparecida Beleli - membro - Unicamp
Cynthia Andersen Sarti - membro - Unifesp
Gabriel de Santis Feltran - membro - UfsCar/Unicamp
Guita Grin Debert - suplente - Unicamp
Adriana de Resende Barreto Vianna - suplente - Museu Nacional/RJ
Omar Ribeiro Thomaz - suplente - Unicamp
Programa:
Nome do Aluno:
Bruna Louzada Bumachar
Sala da defesa:
Sala de Defesa de Tese