Busco analisar nessa dissertação a noção de pessoa, memória e mobilidade entre os Pankararu, população indígena localizada na TI Pankararu, na aldeia Brejo dos Padres, em Pernambuco, e que possui mobilidade para outras localidades, entre elas, a favela do Real Parque, em São Paulo. Privilegiando a trajetória de uma história de família que vivenciou durante trinta anos esse “trânsito” entre aldeia e cidade, esse trabalho busca compreender os sentidos que a mobilidade adquire para o grupo. A mobilidade é aqui compreendida como um modo de produção de vida, ou seja, uma maneira específica de habitar o mundo. Ela põe em relação diferentes agentes (Estado, indígenas, não indígenas) e agências (memória, cura, encantados, saberes, sofrimento) fazendo produzir novas territorialidades. Ao mesmo tempo, busco compreender aspectos relevantes da cosmologia e organização social do grupo. Para isso, alguns elementos como a casa, a memória, o asseio e o sofrimento são importantes pois encontram-se intimamente interligados, nos dando subsídios para alargar nossa compreensão sobre a noção de pessoa Pankararu.
“Lá, sendo o lugar deles, é também o meu lugar": pessoa, memória e mobilidade entre os Pankararu
Data da defesa:
segunda-feira, 27 Março, 2017 - 17:00
Membros da Banca:
José Mauricio Paiva Andion Arruti - orientador
Verena Sevá Nogueira - membro externo
Joana Cabral de Oliveira - membro interno
João Guilherme Cantor Magnani - suplente externo
Ronaldo Rômulo Machado de Almeida - suplente interno
Programa:
Nome do Aluno:
Arianne Rayis Lovo
Sala da defesa:
Sala de Vídeo