Esta tese explora algumas das mediações religiosas que são praticadas no contínuo processo de construção da Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida (Aparecida, São Paulo). Em obras desde os anos 1950, e sem um prazo final, demonstro como a cada nova obra anunciada naquele espaço é também materializada uma versão da história e da teologia, que sobrepõem práticas do catolicismo e do imaginário nacional, na busca de projetar um futuro idealizado para ambos a partir de formas presentes. Ao partir de uma etnografia desenvolvida do projeto de ambientação do prédio na década de 2010, mas também recorrendo a documentos historiográficos, a tese é dividida em três seções temáticas que visam explorar os diversos modos de contínuo cultivo da Basílica por parte da Igreja Católica. Demonstro que sem substituir ou excluir formas anteriores por completo, o catolicismo é fabricado junto com as novas camadas arquitetônicas na igreja no seu conjunto plural de materialidades que correlacionam religião, arte e nacionalismo. São desses modos que a Basílica de Aparecida é feita para ser experienciada religiosamente tanto por fora como por dentro, de perto e de longe, com guias ou sem mapas, de maneiras parciais e conjunturais, mas nunca na sua totalidade.
Cultivando a Casa de Maria: materialidades da Basílica Nacional de Aparecida
Data da defesa:
quinta-feira, 10 Dezembro, 2020 - 17:00
Membros da Banca:
Prof. Dr. Ronaldo Romulo Machado de Almeida (Presidente) - UNICAMP
Dr. Emerson Alessandro Giumbelli - UFRGS
Dra. Renata de Castro Menezes - UFRJ
Dra. Paula Montero - USP
Prof. Dr. Christiano Key Tambascia - UNICAMP
Programa:
Nome do Aluno:
Adriano Santos Godoy
Sala da defesa:
Integralmente à distância - https://youtu.be/r8O4nvXqu-Q