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Nesta tese, investiga-se o agronegócio como um fenômeno político. Com esse objetivo, analisam-se o surgimento e a mobilização da noção de agribusiness nos Estados Unidos, de 1955 até a década de 1970, nas dimensões acadêmica, corporativa, midiática e estatal. Em um segundo momento, estudam-se os modos como a noção foi exportada ao Brasil e as formas pelas quais ela começou a ganhar proeminência no país, também levando em consideração as dimensões citadas acima. Posteriormente, aborda-se a constituição, no Brasil, de um projeto político-econômico fundamentado no resgate da noção original de agribusiness, tal como formulada na Harvard Business School. Em seguida, trata-se dos modos como esse projeto ganhou materialidade no que se intitula de concertação política do agronegócio. Procura-se, a partir desse ponto, compreender as distintas conformações que essa concertação foi adquirindo no país ao longo dos últimos 25 anos – incluindo tanto suas proposições e estratégias quanto as controvérsias em que foi inserida – até chegar à centralidade que detém atualmente no processo político brasileiro.