Camgirls: afetos, raça e classe

O presente trabalho busca compreender, por meio de abordagem etnográfica, como a inserção no camming atravessa o cotidiano e as perspectivas de vida, afetividade e sociabilidade de mulheres brasileiras que exercem o trabalho de camgirl, assim como analisar os impactos do racismo no trabalho sexual online, investigando como a discriminação racial e de classe influenciam as interações entre modelos e clientes no camming. Nesse contexto etnográfico, o uso das redes sociais é constante e fundamental para construção da pesquisa, cujo referencial teórico tem como base as linhas teóricas que compõem o arcabouço sobre trabalho emocional, trabalho sexual, questões raciais e etnografia digital. Partindo dessa perspectiva, tal investigação pretende privilegiar as percepções e noções das mulheres trabalhadoras do camming, refletindo sobre questões relacionadas ao trabalho sexual online num quadro pós pandêmico. Essa etnografia digital articulará as informações veiculadas na mídia sobre as camgirls com o material levantado através das interações com cammodels durante as incursões etnográficas, assim como com seus clientes.

Data da defesa: 
quarta-feira, 26 Fevereiro, 2025 - 15:00
Membros da Banca: 
Profa. Dra. Adriana Gracia Piscitelli - Presidente
Profa. Dra. Carolina Parreiras Silva - Titular
Profa. Dra. Natália Corazza Padovani - Titular
Profa. Dra. Iara Aparecida Beleli - Suplente
Profa. Dra. Lorena Rúbia Pereira Caminhas - Suplente
Nome do Aluno: 
Núbia Sena dos Santos Ramalho
Sala da defesa: 
Teses I