Além do sindicalismo? A política da CUT diante das lutas na esfera reprodutiva

O movimento sindical brasileiro, como conhecemos hoje, forjou-se nas mobilizações do final dos anos 1970, que culminaram no surgimento do “novo sindicalismo” e na fundação da CUT, em 1983. Assim, a maior e mais antiga central sindical brasileira se formou profundamente ligada aos movimentos sociais, tendo sido uma das fontes de inspiração para o conceito de sindicalismo de movimento social, nos anos 1990. Atualmente, há uma ampla bibliografia sobre a ascensão de novos atores e repertórios de ação coletiva, que movem pautas da esfera da reprodução social e se organizam por fora do ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, a conexão do sindicalismo com esses atores e reivindicações têm sido apresentada como uma possível saída aos obstáculos enfrentados por ele. Esta dissertação pretende analisar, através de entrevistas com dirigentes sindicais e pesquisa de redes sociais, como a CUT se relaciona com esse processo, ou seja, como se envolveu e foi impactada pelos protestos mais recentes que carregam essas características. Destacamos dois para a análise, sendo eles: (1) o #EleNão, em 2018, e (2) os atos por “Nem bala, nem fome, nem Covid: o povo negro quer viver”, em 2021. Observar como eles têm sido incorporados na prática e na política da CUT pode contribuir para melhor compreender a relação entre o sindicalismo e as lutas da esfera reprodutiva.

Data da defesa: 
terça-feira, 19 Dezembro, 2023 - 14:00
Membros da Banca: 
Profa. Dra. Andreia Galvão (Presidente) - IFCH/UNICAMP
Profa. Dra. Patricia Vieira Trópia - UFU
Profa. Dra. Luciana Ferreira Tata - IFCH/UNICAMP
Nome do Aluno: 
Milena Tibúrcio Cicone
Sala da defesa: 
Sala de defesa de Teses I