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A Ara Pacis Augustae na Itália fascista: análise sobre a instrumentalização do monumento a partir dos cinejornais do Istituto Luce (1937-1938)
Augusto Antônio de Assis

O trabalho aqui apresentado pretende analisar a instrumentalização do monumento Ara Pacis Augustae por Mussolini, nos anos de 1937 e 1938, a partir do Cinegiornale Luce, importante veículo de informações oficiais, em formato audiovisual, do governo para com a população. A pesquisa objetiva situar a reagrupação e o restauro dos fragmentos do altar, adjunto a sua reinauguração, em 23 de setembro de 1938, realizada pelo próprio Mussolini em decorrência do término das comemorações do Bimilenário do nascimento de Augusto; todos estes momentos aparecem bem marcados em quatro edições do Cinegiornale Luce B (1931-1940). Considera-se, aqui, que a figura da Ara Pacis é detentora de grande importância dentro do Culto della romanità no Ventennio fascista, em especial depois da proclamação do império, no contexto de equivalência do Duce com o Primo Imperatore. Sua instrumentalidade central, em diálogo com todos os componentes da Piazza Augusto Imperatore, é vinculada à noção de Pax romana e seu paralelo fascista: a “Pax Mussoliniana”. Uma das formas de divulgação em massa destes ideais, atrelada à política da imagem, foi por meio dos cinejornais produzidos pelo Istituto Luce. Tal empresa, pode, portanto, ser compreendida como parte de um mecanismo discursivo que buscou controlar o imaginário social. Deste modo, a relevância central de nosso trabalho consiste no exame crítico dos usos fascistas do monumento romano nos cinejornais em questão.


Série: Monografia
Ano: 2023
ISBN Impresso: 978-65-87198-34-7
ISSN Digital: 22369759
Peso: 0 gramas
Tamanho: 150x210
Número de páginas: 116
Arquivo digital do livro: PDF icon livro-augusto-versaofinal.pdf
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