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“As formas e conteúdos assumidos pelo Trabalho informal, a partir dos anos 90, que consubstanciam a reestruturação produtiva do capital, tornam este fenômeno um objeto de estudo de enorme relevância para as Ciências Sociais. Mas, contrariamente, este tema foi muito mais central, nas análises econômicas, na década de 80, quando era visto apenas como atividade de sobrevivência, do que hoje, quando a funcionalidade do trabalho informal ao capital torna-se inquestionável, tal como demonstrado nesta exposição. Ora, se o trabalho informal deixou de ser visto como sinônimo de atraso, e ainda assim, a produção acerca dele tem sido escassa na literatura dominante, deve-se perguntar o que justifica esse aparente desinteresse pelo tema. ‘Trabalho Informal: da funcionalidade... (...)’ propõem-se a desvelar o que se quer esconder, qual seja: a exploração da mais-valia como única forma pela qual nasce (...) o capital e o assalariamento como a base desta sociedade capitalista, embora mediante relações que diferem das formas contratuais, características do período fordista (...).”

Profa. Dra. Maria Augusta Tavares (UFAL)