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A escravidão é um estado infeliz, no qual alguns homens ficam sujeitos,possuídos e dominados por outros. No entando,desde que certas regras e preceitos sejam observados, trata-se de um procedimento lícito,válido,legítimo e justo diante das leis divinas, do direito natural e do das gentes. O problema com a escravidão dos africanos, tal como pelos comerciantes portugueses e pelos colonos do Brasil,é não conseguir estas regras e preceitos, tornando-se portanto,uma escravidão ilícita e ilegítima.Que faze? Apontar os meios através dos quais os comerciantes católicos e os moradores do Brasil possam,válida e licitamente,sem pecado,encargos ou escrúpulos,comerciar,haver e possuir escravos.Mostrar como estes meios não trazem prejuízos econômicos mas sim vantagens materiais e espirituais,recompensas a serem usufruídas nesta e na outra vida.
Eis ai um resumo das idéias que passavam pela cabeça de Manuel Ribeiro Rocha quando se pôs a escrever esta pequena obra-prima que foi editada pela primeira vez em Lisboa, há pouco mais de 230 anos . Um texto,como ele mesmo afirma nas páginas iniciais,que nasceu dos escrúpulos do autor acerca da "ilegitimidade das escravidões destes pretos" africanos,para ser lido pelos "comerciantes e mais habitadores do Brasil", com o objetivo de incitá-los a aplicar os príncipios expostos,conciliando a salvação de suas almas à manutenção de um comércio que tantos benefícios trazia ao Reino e a Deus.
Série: Cadernos do IFCH Área de conhecimento: História Ano: 1991 Peso: 0 gramas Tamanho: 0 Número de páginas: 149 Arquivo digital do livro: