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Produção Acadêmica

Introduction to the Special Issue Race, Class, and Gender in the Invention of Contemporary Arts

Tipo: Produção Bibliográfica
| Ano: 2023

Resumo

Em março de 2018, a socióloga e vereadora carioca Marielle Franco (Partido Socialismo e Liberdade – PSOL/RJ) foi brutalmente assassinada aos 38 anos. Ela era uma mulher negra e lésbica do Complexo da Maré, um conjunto de favelas reclassificadas como comunidades, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro e com cerca de 140.000 moradores. Vinda de uma família desfavorecida econômica e socialmente, sua morte teve repercussão nacional e internacional devido à brutalidade de seu extermínio, que permanece sem solução, e à tentativa de silenciar as pautas defendidas em sua atuação política. Como ativista de direitos humanos, Marielle deu voz a movimentos sociais e moradores que se viam constrangidos pela presença de forças policiais militarizadas em diversos bairros precários do Rio de Janeiro. O fato de o crime permanecer sem solução diz muito sobre os problemas estruturais do Brasil, tanto do ponto de vista da violência urbana e da infiltração da milícia na política quanto do ponto de vista simbólico e cultural, expresso na ausência de investimento em escolas, bibliotecas, parques e praças públicas. Marielle representou — tanto no sentido de representação quanto de representatividade — negros, mulheres, LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Travestis, Queer, Intersexo, Assexuais e outros) e pobres; em uma única performance parlamentar, concentrou-se nos grupos mencionados, que sofrem diariamente as opressões impostas aos cidadãos por um Estado-nação estruturalmente racista, sexista e elitista.

Membros

NATHANAEL ARAUJO DA SILVA
PATRICIA REINHEIMER