Próximas Defesas

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DISPUTAS PELA ADMINISTRAÇÃO DAS ALDEIAS INDÍGENAS NO ESTADO DO MARANHÃO DURANTE A UNIÃO IBÉRICA (1603-1647): A QUESTÃO DA LIBERDADE
Aluno(a): Manoel Messias Oliveira dos Santos
Programa: História
Data: 17/05/2024 - 10:00
Local: Sala de Defesa de Teses - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Camila Loureiro Dias - Orientadora (UNICAMP)
  • Aldair Carlos Rodrigues (UNICAMP)
  • Rafael Ivan Chambouleyron (UFPA)
Descrição da Defesa:

Esta pesquisa analisa as disputas entre os agentes coloniais no Maranhão pela administração das aldeias e do trabalho indígenas, bem como a política indigenista durante a União Ibérica (1603-1647), buscando compreender a ideia de liberdade colonial proposta e suas implicações no processo de incorporação dos nativos à sociedade colonial. Partindo dos primeiros contatos entre portugueses e indígenas na conquista do território, examina as estratégias dos portugueses em forjar alianças com os nativos e o processo de formação dos primeiros aldeamentos. Em seguida descreve e analisa o conceito de liberdade na legislação indigenista empregada pela monarquia hispânica e os projetos de aldeamentos do colono Bento Maciel Parente e do jesuíta Luís Figueira. Por fim, avalia a prática de administração das aldeias e dos indígenas aldeados na primeira metade do século XVII. A pesquisa sugere uma incompatibilidade entre a “liberdade” imposta pelo Estado colonial e a garantia da autonomia relativa dos povos indígenas integrados nos aldeamentos do Maranhão.

Criminosos, raça e direitos: uma análise da imprensa em Salvador (1890-1930)
Aluno(a): Osnan Silva de Souza
Programa: História
Data: 14/06/2024 - 14:00
Local: Sala de Defesa de Teses - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Luana Saturnino Tvardovskas - Presidente (UNICAMP)
  • Claudio Henrique de Moraes Batalha (UNICAMP)
  • Robério Santos Souza (UNEB)
Descrição da Defesa:

Esta dissertação tem como objetivo analisar os crimes contra propriedades publicados na grande imprensa de Salvador nos anos 1890-1930. A partir do final do século XIX e sobretudo no decorrer das primeiras décadas do XX é possível notar um significativo aumento nos casos de furtos e golpes nas matérias das folhas baianas. Além dos dois principais jornais da época (A Tarde e no Diário de Notícias), guardados na Biblioteca Central do Estado da Bahia, em Salvador, também consultei os periódicos armazenados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, por meio do projeto Hemeroteca Digital. Esta dissertação busca debater a questão dos crimes contra a propriedade em diálogo com os temas da cidadania, racismo e trabalho. Procuro ainda apresentar um perfil dos indivíduos acusados de cometerem crimes presentes nas páginas dos jornais.

Azulejos na Arquitetura Paulista: das artes decorativas às artes industriais
Aluno(a): Renata Poliana Cezar Monezzi
Programa: História
Data: 19/06/2024 - 09:00
Local: Sala de Defesa de Teses - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Cristina Meneguello - Orientadora (UNICAMP)
  • Silvana Barbosa Rubino (UNICAMP)
  • Guido Vittorio Zucconi (Università Iuav di Venezia)
  • Paulo César Garcez Marins (USP)
  • Eduardo Augusto Costa (USP)
Descrição da Defesa:

Entre 1919 e 1922, inauguraram-se as obras de reformulação do antigo Largo da Memória, no centro da cidade de São Paulo, e da construção dos monumentos comemorativos do centenário da independência brasileira, localizados ao longo da antiga estrada que ligava o litoral paulista à cidade de São Paulo. Tais monumentos, revestidos por azulejos decorativos, marcam uma nova fase da história da azulejaria brasileira a medida que introduzem novas interpretações espaciais e simbólicas em suas arquiteturas, seja por meio das características materiais de seus azulejos e seu valor imagético, ou ainda através de seu relacionamento com o local de fabricação e origem. O presente trabalho investiga a formação das artes decorativas aplicadas, seu uso no âmbito industrial e na composição de uma linguagem artística na arquitetura paulista do início do século XX. Partimos da análise da pioneira Fábrica de Louças Santa Catharina, inaugurada em São Paulo em 1913, onde foram confeccionados esses azulejos, e da importante rede de profissionais e artistas da época, para, por fim, relacioná-los com o contexto de grande transformação urbana, com as mudanças vinculadas às novas noções de higiene e com o surgimento de novos valores estéticos que passariam a ser defendidos no início daquele século em São Paulo.

Significados Ambivalentes: Identidades luso-africanas e qualificativos de cor em Angola do século XVIII
Aluno(a): Gabriel Antonio Bomfim Seghetto
Programa: História
Data: 20/06/2024 - 14:00
Local: Sala de Defesa de Teses - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Aldair Carlos Rodrigues - Orientador (UNICAMP)
  • Crislayne Gloss Marão Alfagali (PUC-RIO)
  • Lucilene Reginaldo (UNICAMP)
Descrição da Defesa:

Este trabalho propõe investigar os significados sociais e políticos atribuídos aos termo mulato e pardo, durante o século XVIII, em Angola. Examina-se se ambos os qualificativos de cor eram reivindicados como identidades políticas, fenômeno observado no sudeste do Brasil colonial durante o mesmo período. A análise das construções sociais em torno de mulato e pardo será feita no contexto de interações entre costa (Luanda) e os sertões, ponto de origem de muitas vítimas do tráfico e onde encontravam-se unidades políticas independentes ou alinhadas à administração colonial através de pactos de vassalagem. A pesquisa considera a tensão entre reivindicar identidades e ter classificações atribuídas por autoridades coloniais. Argumenta-se que a elaboração de sentido dos qualificativos pardo e mulato ocorreu ao longo do século, como parte da definição de fronteiras político-culturais entre o governo português em Angola e as chefaturas interioranas. Identidades e formas de identificação distinguiam agentes do tráfico de potenciais alvos de escravização. Simultaneamente, as definições de ambos os termos variava conforme as necessidades eminentes de diferenciar quem pertencia ao sertão gentílico e "bravo" ou aos domínios coloniais. Consultou-se as seguintes tipologias documentais: correspondência oficial, legislação aplicada a Angola, relatos sobre Luanda e os sertões, narrativas de viagem, contagens e mapas populacionais. A investigação recuperou os usos das palavras mulato e pardo, e as variantes de ambas, nos contextos socioculturais em que foram empregados.