Próximas Defesas

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A ESPIRAL INSACIÁVEL DO CAPITAL E O MOVIMENTO DA SUPERPOPULAÇÃO RELATIVA (BRASIL - 2012 A 2022)
Aluno(a): Renata Falavina Cardoso de Oliveira
Programa: Sociologia
Data: 04/06/2024 - 14:00
Local: Sala de Defesa de Teses I
Membros da Banca:
  • Prof. Dr. Ricardo Luiz Coltro Antunes (Presidente) (Orientador) - IFCH/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Jose Dari Krein - IE/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Davisson Charles Cangussu de Souza - Universidade Federal de São Paulo
Descrição da Defesa:

O objetivo da presente Dissertação é apresentar a potencialidade analítica da categoria marxiana de superpopulação relativa e apresentar dados quantitativos sobre o volume e a composição do excedente estrutural de força de trabalho no Brasil de 2012 a 2022. Para tanto, será apresentado um instrumento teórico-metodológico de mensuração da superpopulação relativa. Os resultados apontam para um aumento do excedente de força de trabalho durante o período de 2012 a 2022 e para a predominância da forma estagnada da superpopulação relativa. Assim, pretende-se contribuir para uma melhor e mais profunda compreensão acerca da problemática social que envolve a impossibilidade estrutural de que uma parte da classe trabalhadora venda sua força de trabalho.

Criminosos, raça e direitos: uma análise da imprensa em Salvador (1890-1930)
Aluno(a): Osnan Silva de Souza
Programa: História
Data: 14/06/2024 - 14:00
Local: Sala de Defesa de Teses - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Luana Saturnino Tvardovskas - Presidente (UNICAMP)
  • Claudio Henrique de Moraes Batalha (UNICAMP)
  • Robério Santos Souza (UNEB)
Descrição da Defesa:

Esta dissertação tem como objetivo analisar os crimes contra propriedades publicados na grande imprensa de Salvador nos anos 1890-1930. A partir do final do século XIX e sobretudo no decorrer das primeiras décadas do XX é possível notar um significativo aumento nos casos de furtos e golpes nas matérias das folhas baianas. Além dos dois principais jornais da época (A Tarde e no Diário de Notícias), guardados na Biblioteca Central do Estado da Bahia, em Salvador, também consultei os periódicos armazenados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, por meio do projeto Hemeroteca Digital. Esta dissertação busca debater a questão dos crimes contra a propriedade em diálogo com os temas da cidadania, racismo e trabalho. Procuro ainda apresentar um perfil dos indivíduos acusados de cometerem crimes presentes nas páginas dos jornais.

Azulejos na Arquitetura Paulista: das artes decorativas às artes industriais
Aluno(a): Renata Poliana Cezar Monezzi
Programa: História
Data: 19/06/2024 - 09:00
Local: Defesa remota
Membros da Banca:
  • Cristina Meneguello - Orientadora (UNICAMP)
  • Silvana Barbosa Rubino (UNICAMP)
  • Guido Vittorio Zucconi (Università Iuav di Venezia)
  • Paulo César Garcez Marins (USP)
  • Eduardo Augusto Costa (USP)
Descrição da Defesa:

Entre 1919 e 1922, inauguraram-se as obras de reformulação do antigo Largo da Memória, no centro da cidade de São Paulo, e da construção dos monumentos comemorativos do centenário da independência brasileira, localizados ao longo da antiga estrada que ligava o litoral paulista à cidade de São Paulo. Tais monumentos, revestidos por azulejos decorativos, marcam uma nova fase da história da azulejaria brasileira a medida que introduzem novas interpretações espaciais e simbólicas em suas arquiteturas, seja por meio das características materiais de seus azulejos e seu valor imagético, ou ainda através de seu relacionamento com o local de fabricação e origem. O presente trabalho investiga a formação das artes decorativas aplicadas, seu uso no âmbito industrial e na composição de uma linguagem artística na arquitetura paulista do início do século XX. Partimos da análise da pioneira Fábrica de Louças Santa Catharina, inaugurada em São Paulo em 1913, onde foram confeccionados esses azulejos, e da importante rede de profissionais e artistas da época, para, por fim, relacioná-los com o contexto de grande transformação urbana, com as mudanças vinculadas às novas noções de higiene e com o surgimento de novos valores estéticos que passariam a ser defendidos no início daquele século em São Paulo.

Significados Ambivalentes: Identidades luso-africanas e qualificativos de cor em Angola do século XVIII
Aluno(a): Gabriel Antonio Bomfim Seghetto
Programa: História
Data: 20/06/2024 - 14:00
Local: Sala de Defesa de Teses - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Aldair Carlos Rodrigues - Orientador (UNICAMP)
  • Crislayne Gloss Marão Alfagali (PUC-RIO)
  • Lucilene Reginaldo (UNICAMP)
Descrição da Defesa:

Este trabalho propõe investigar os significados sociais e políticos atribuídos aos termo mulato e pardo, durante o século XVIII, em Angola. Examina-se se ambos os qualificativos de cor eram reivindicados como identidades políticas, fenômeno observado no sudeste do Brasil colonial durante o mesmo período. A análise das construções sociais em torno de mulato e pardo será feita no contexto de interações entre costa (Luanda) e os sertões, ponto de origem de muitas vítimas do tráfico e onde encontravam-se unidades políticas independentes ou alinhadas à administração colonial através de pactos de vassalagem. A pesquisa considera a tensão entre reivindicar identidades e ter classificações atribuídas por autoridades coloniais. Argumenta-se que a elaboração de sentido dos qualificativos pardo e mulato ocorreu ao longo do século, como parte da definição de fronteiras político-culturais entre o governo português em Angola e as chefaturas interioranas. Identidades e formas de identificação distinguiam agentes do tráfico de potenciais alvos de escravização. Simultaneamente, as definições de ambos os termos variava conforme as necessidades eminentes de diferenciar quem pertencia ao sertão gentílico e "bravo" ou aos domínios coloniais. Consultou-se as seguintes tipologias documentais: correspondência oficial, legislação aplicada a Angola, relatos sobre Luanda e os sertões, narrativas de viagem, contagens e mapas populacionais. A investigação recuperou os usos das palavras mulato e pardo, e as variantes de ambas, nos contextos socioculturais em que foram empregados.

Comunidade ética e história na filosofia de Kant
Aluno(a): Nicole Msartinazzo
Programa: Filosofia
Data: 21/06/2024 - 13:00
Local: Sala de Defesas de Teses I
Membros da Banca:
  • Profa. Dra. Monique Hulshof (Presidente) (Orientador) Instituição de Origem: IFCH/ UNICAMP
  • Dr. François Calori Instituição de Origem: Universite de Rennes I
  • Dr. Ricardo Ribeiro Terra Instituição de Origem: Universidade de São Paulo /São Paulo
  • Dr. Bruno Nadai Instituição de Origem: Universidade Federal do ABC /Santo André
  • Dr. Vinicius Berlendis de Figueiredo Instituição de Origem: Universidade Federal do Paraná /Curitiba
  • Dr. Diego Kosbiau Trevisan Instituição de Origem: Universidade Federal de Santa Catarina, /Florianópolis
  • Profa. Dra. Yara Adario Frateschi Instituição de Origem: IFCH/ UNICAMP
  • Dr. Robinson dos Santos Instituição de Origem: UFPel Universidade Federal de Pelotas /Pelotas
Descrição da Defesa:

A presente tese visa traçar a relação entre os âmbitos individual e coletivo no que diz respeito à moral kantiana, a partir de uma análise do conceito de comunidade ética, apresentado por Kant em 1793, com a publicação da Religião nos limites da simples razão. Assim, em um primeiro momento busca-se reconstruir e examinar a dualidade a partir da qual Kant pensa o problema do mal: por um lado, uma predisposição (Anlage) para o bem, por outro, uma propensão (Hang) para o mal. A predisposição para o bem, por estar inserida em um contexto teleológico, proporciona a ele uma direção de desenvolvimento que encontra respaldo na filosofia da história. A propensão para o mal, por sua vez, suscita interpretações que vinculam o surgimento do mal à mera convivência entre os seres humanos. Ora, partindo de uma análise dessa relação entre o mal e o âmbito social, procura-se investigar os efeitos que uma mudança na forma de sociabilidade pode ter nos indivíduos. Assim, chega-se à ideia da comunidade ética como uma resposta coletiva ao problema da degradação moral. Entretanto, um exame detido do conceito de comunidade ética mostra que ela só é possível dentro do contexto de uma comunidade política bem estabelecida. Deste quadro, resultam duas hipóteses. Primeiro, que o progresso político é condição necessária, mas não suficiente para a realização da moral em seu aspecto coletivo. Segundo, que as condições políticas podem influenciar na realização da moralidade pelos agentes individuais, seja pela distorção das opções éticas, seja por auxiliar na formação de um caráter sensível.