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Comunidade ética e história na filosofia de Kant
Aluno(a): Nicole Msartinazzo
Programa: Filosofia
Data: 21/06/2024 - 13:00
Local: Sala de Defesas de Teses I
Membros da Banca:
  • Profa. Dra. Monique Hulshof (Presidente) (Orientador) Instituição de Origem: IFCH/ UNICAMP
  • Dr. François Calori Instituição de Origem: Universite de Rennes I
  • Dr. Ricardo Ribeiro Terra Instituição de Origem: Universidade de São Paulo /São Paulo
  • Dr. Bruno Nadai Instituição de Origem: Universidade Federal do ABC /Santo André
  • Dr. Vinicius Berlendis de Figueiredo Instituição de Origem: Universidade Federal do Paraná /Curitiba
  • Dr. Diego Kosbiau Trevisan Instituição de Origem: Universidade Federal de Santa Catarina, /Florianópolis
  • Profa. Dra. Yara Adario Frateschi Instituição de Origem: IFCH/ UNICAMP
  • Dr. Robinson dos Santos Instituição de Origem: UFPel Universidade Federal de Pelotas /Pelotas
Descrição da Defesa:

A presente tese visa traçar a relação entre os âmbitos individual e coletivo no que diz respeito à moral kantiana, a partir de uma análise do conceito de comunidade ética, apresentado por Kant em 1793, com a publicação da Religião nos limites da simples razão. Assim, em um primeiro momento busca-se reconstruir e examinar a dualidade a partir da qual Kant pensa o problema do mal: por um lado, uma predisposição (Anlage) para o bem, por outro, uma propensão (Hang) para o mal. A predisposição para o bem, por estar inserida em um contexto teleológico, proporciona a ele uma direção de desenvolvimento que encontra respaldo na filosofia da história. A propensão para o mal, por sua vez, suscita interpretações que vinculam o surgimento do mal à mera convivência entre os seres humanos. Ora, partindo de uma análise dessa relação entre o mal e o âmbito social, procura-se investigar os efeitos que uma mudança na forma de sociabilidade pode ter nos indivíduos. Assim, chega-se à ideia da comunidade ética como uma resposta coletiva ao problema da degradação moral. Entretanto, um exame detido do conceito de comunidade ética mostra que ela só é possível dentro do contexto de uma comunidade política bem estabelecida. Deste quadro, resultam duas hipóteses. Primeiro, que o progresso político é condição necessária, mas não suficiente para a realização da moral em seu aspecto coletivo. Segundo, que as condições políticas podem influenciar na realização da moralidade pelos agentes individuais, seja pela distorção das opções éticas, seja por auxiliar na formação de um caráter sensível.

O realismo político de Hegel na seção “A religião da arte” da Fenomenologia do espírito: “é fundamentada a desconfiança” frente à exigência da conformidade da política à moral
Aluno(a): Rafael Teixeira da Silva Pugliesi
Programa: Filosofia
Data: 01/07/2024 - 09:00
Local: Sala de Defesas de Teses I
Membros da Banca:
  • Presidente Prof. Dr. Rafael Rodrigues Garcia IFCH/ UNICAMP
  • Membros Titulares Prof. Dr. José Eduardo Marques Baioni Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR
  • Prof. Dr. Emmanuel Zenryo Chaves Nakamura Freie Universitat Berlin
  • Prof. Dr. Marcos Severino Nobre IFCH/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Agemir Bavaresco Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Membros Suplentes Prof. Dr. Fábio Mascarenhas Nolasco Universidade de Brasilia
  • Profa. Dra. Monique Hulshof IFCH/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Erick Calheiros de Lima Universidade de Brasília
Descrição da Defesa:

Neste trabalho, tentaremos mostrar que, na seção “A religião da arte” do sétimo capítulo da Fenomenologia do espírito (VII, B), Hegel não descreve somente o contraste da religião grega com a religião natural, mas, antes, a consciência de seu tempo. Na abertura da subseção “A obra-de-arte espiritual” (VII, B, c), lemos que os “belos espíritos-dos-povos” reúnem-se “em um único Panteão” (PhG, 529, § 727), entretanto, “esses estão sob a hegemonia de um, mais que sob sua soberania” (530, § 728). Nesses parágrafos, Hegel parece confrontar, ao seu realismo político, a ideia kantiana de uma federação de Estados pacíficos que se expande em direção à paz perpétua e à instituição de uma república mundial, assim como Hegel o fizera nos textos da “Filosofia do espírito” de 1805-6 que precederam a Fenomenologia: “uma união de povos em direção à paz perpétua seria a dominação de um povo, ou seja, seria apenas um povo” (Jenaer Systementwürfe III, 250). Na seção “A religião da arte”, parece ser mostrado que “é fundamentada essa desconfiança” (PhG, 538, § 738) frente à virtude, frente à exigência kantiana de que a política seja conforme à moral: que é fundamentada a desconfiança própria a um realismo político de extração maquiaveliana. Não é possível interpretar que seria também desmascarada a máscara ideológica da Revolução Francesa que encobre o seu rosto imperialista? Isto é, interpretar que, para a consciência religiosa do sétimo capítulo, Napoleão, um herói trágico, “estabelece ainda outras provas” (PhG, 538, § 737) contra a prioridade que Kant dá à fundação moral da superação da guerra em direção à paz perpétua?