Próximas Defesas

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A MORTALIDADE DAS EMPRESAS PAULISTANAS ENTRE 1990 E 2020: UMA ABORDAGEM DEMOGRÁFICA
Aluno(a): Rignaldo Rodrigues Carvalho
Programa: Demografia
Data: 31/07/2024 - 09:00
Local: Sala Multiuso
Membros da Banca:
  • Presidente Prof. Dr. Everton Emanuel Campos de Lima IFCH/ UNICAMP
  • Membros Titulares Prof. Dr. Alexandre Gori Maia IE/ UNICAMP
  • Dr. Flávio Henrique Miranda de Araújo Freire Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Dr. Bernardo Lanza Queiroz Universidade Federal de Minas Gerais
  • Profa. Dra. Luciana Correia Alves IFCH/ UNICAMP
  • Membros Suplentes Prof. Dr. Ednelson Mariano Dota IFCH/ UNICAMP
  • Dr. Victor Hugo Dias Diógenes Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
  • Dr. Marcos Roberto Gonzaga UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO GRANDE DO NORTE
Descrição da Defesa:

A demografia, ciência que estuda as populações humanas, é fundamental para compreender as dinâmicas socioeconômicas e demográficas ao longo do tempo. No entanto, sua aplicação não se limita apenas às populações humanas, estendendo-se a outras formas de vida, como empresas. Este estudo propõe investigar a mortalidade das empresas sediadas no município de São Paulo entre 1990 e 2020, aplicando métodos demográficos. Quatro questões específicas guiam a pesquisa: os setores de atividade com maior e menor taxa de mortalidade, o impacto do porte e da idade das empresas em sua sobrevivência, e a existência de empresas com potencial de longevidade. Utilizando dados da RAIS, espera-se fornecer insights valiosos para políticas públicas e estratégias empresariais. A escolha de São Paulo como local de estudo se justifica por ser o principal centro econômico do Brasil e pela disponibilidade de dados robustos. Este estudo contribui para preencher uma lacuna na pesquisa sobre demografia empresarial no Brasil, oferecendo uma compreensão mais abrangente dos padrões de mortalidade das empresas na região. As conclusões

DIREITOS REPRODUTIVOS E MIGRAÇÃO: TRAJETÓRIAS DE ACESSO E PERCEPÇÃO SOBRE A QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE REPRODUTIVA ENTRE MULHERES VENEZUELANAS EM SÃO PAULO
Aluno(a): Ludmilla Regina de Souza Silva
Programa: Demografia
Data: 09/08/2024 - 10:00
Local: Sala Multiuso
Membros da Banca:
  • Presidente Profa. Dra. Glaucia dos Santos Marcondes REIT/ UNICAMP
  • Membros Titulares Profa. Dra. Cristiane da Silva Cabral Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - USP
  • Profa. Dra. Margareth Martha Arilha Silva REIT/ UNICAMP
  • Membros Suplentes Profa. Dra. Roberta Guimarães Peres Universidade Federal do ABC
  • Profa. Dra. Tathiane Mayumi Anazawa IFCH/ UNICAMP
Descrição da Defesa:

Desde o reconhecimento da relação entre reprodução e direitos humanos, introduzido mundialmente na Conferência Internacional de População e Desenvolvimento do Cairo (CIPD), em 1994, a discussão sobre gênero, sexualidade e saúde reprodutiva tem exibido importantes avanços em vários países. Entretanto, apesar da participação vanguardista do Brasil na CIPD e da adesão ao seu Programa de Ação, os direitos reprodutivos ainda não estão completamente garantidos no país, especialmente para grupos socialmente vulneráveis, como é o caso das mulheres migrantes. No que tange a este grupo, estudos recentes destacam lacunas na assistência à saúde reprodutiva, refletidas em altos índices de morbi-mortalidade materna, acesso limitado a planejamento familiar e contracepção, maior risco de gravidez não planejada e infecções sexualmente transmissíveis, maior exposição a abortos inseguros e atrasos no cuidado pré-natal. Nesse contexto, torna-se urgente investigar as barreiras enfrentadas por essas mulheres para acessar serviços de saúde reprodutiva e exercer plenamente seus direitos. Sendo assim, o objetivo deste estudo é investigar as condições de acesso e a percepção de mulheres venezuelanas, com idades entre 18 e 49 anos, residentes no distrito de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, em relação à qualidade dos serviços de saúde durante o ciclo gravídico-puerperal. A metodologia empregada incluiu pesquisa bibliográfica sobre direitos reprodutivos e migração, e entrevistas semiestruturadas. As entrevistas foram realizadas entre outubro e dezembro de 2023 com cinco migrantes venezuelanas. Os resultados revelaram que as mulheres participantes enfrentam diversas barreiras no acesso aos serviços de saúde, como a indisponibilidade de serviços, desrespeito à autonomia decisória, violência obstétrica, barreiras linguísticas, xenofobia, e problemas habitacionais e econômicos, o que evidencia a quebra do pacto dos direitos reprodutivos na esfera pública. Além disso, a pesquisa identificou que a quebra do pacto dos direitos reprodutivos também ocorre na esfera privada, manifestando-se através da violência conjugal, da falta de autonomia nas decisões reprodutivas, da divisão sexual do trabalho e da própria subjetividade das participantes. Esses resultados confirmam que a discussão da temática dos direitos reprodutivos possui natureza interseccional e, por isso, deve ser tratada de forma orgânica, atrelada às discussões sobre gênero, política e cidadania. Espera-se, por fim, que este estudo contribua para a discussão sobre os direitos reprodutivos de mulheres em contextos migratórios e promova o debate sobre garantia de direitos humanos, igualdade de gênero e justiça social, além de subsidiar a elaboração de políticas públicas futuras na área da saúde reprodutiva.