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Defesa de Doutorado de Gilson Olegario da Silva

Entender o caráter das teorias científicas foi um desafio perene da filosofia da ciência e particularmente dos empiristas lógicos. Parte significativa dos trabalhos tardios de Rudolf Carnap foram reservados a arregimentar formas de expressar as teorias científicas, analisar os limites de sua aplicação, e sedimentar um tratamento formalizado de seus termos de modo a bloquear potenciais abusos na forma de infusão de teses metafísicas.
Baseada no Princípio de Tolerância, a sugestão irênica de Carnap propunha constituir uma plataforma onde as disputas metafísicas fossem dissolvidas e os esforços de compreensão redirecionados à avaliação das formas de linguagem que melhor cumprissem os requisitos para a descrição e análise das teorias.
Quase sem exceção, os compromissos metodológicos que permitiram erigir sua concepção final foram questionados na sequência do sec. XX. Mais recentemente, a concepção tardia de Carnap de representar uma teoria na forma das sentenças-Ramsey foi criticada por Psillos (1999) por ser suscetível à mesma objeção feita por M. Newman ao estruturalismo de Russell, apresentado em The Analysis of Matter (1927), e ser, como este, trivial. Esta tese propõe analisar a possibilidade de que essa e outras objeções possam ser adequadamente respondidas, e, nessa medida, objetiva contribuir para o restabelecimento da viabilidade da proposta de Carnap para a configuração do debate entre realistas e instrumentalistas na filosofia da ciência, mesmo à luz de refinamentos encontrados nos debates contemporâneos.

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Defesa de Mestrado de Daniel Alves da Silva Lopes Diniz

esde cedo nas investigações da viabilidade da incorporação da teoria da probabilidade à Lógica, percebeu-se que expressões da linguagem natural condicionais têm duas formalizações intuitivas. Sejam a, b proposições e 0 b) > p(b/a), e que p(a -> b) = p(b/a) se, e somente se, p(~a) = 0 ou p(b/a) = 1. Esses resultados ficaram conhecidos como "leis do excesso". Pensou-se, então, que substituir a implicação material por outro condicional restauraria a igualdade intuitiva entre os valores. Lewis (1976) provou, no entanto, que isso não é o caso: se => é um condicional arbitrário definido como p(a => b) := p(b/a), então p(a => b) = p(b), isto é, a e b são proposições independentes, o que é absurdo, dado que podem ser quaisquer duas proposições. Outros teoremas equivalentes foram demonstrados desde então; os mais fortes dessa família encontram-se em Fitelson (2015). Posto isso, essa pesquisa objetiva responder a seguinte questão: as leis do excesso e os resultados de trivialização de Lewis (1976) et al. são válidos caso a lógica à qual se incorpora a teoria da probabilidade seja paraconsistente? Se são, em que medida a demonstração dessa validade é análoga às demonstrações originais? Se não são válidos, como se prova que não o são? Dentre as lógicas paraconsistentes, aquelas em que não vigora o princípio segundo o qual {a & ~a} I= b, para quaisquer proposições a e b, destacam-se as lógicas da inconsistência formal (LFIs). As LFIs internalizam o conceito metalógico de consistência em suas linguagens-objeto, definindo um conectivo primitivo unário o tal que oa denota que a é uma proposição consistente. LFI1 (também conhecida como J3) é a LFI mais próxima da lógica proposicional clássica. Assim, pretende-se aqui investigar, mais especificamente, o status das leis do excesso e dos resultados de trivialização no fragmento estritamente inconsistente de LFI1. Embora não se tenha conseguido provar que esses resultados são indemonstráveis em LFI1, constatou-se que as demonstrações originais não podem ser reproduzidas devido às propriedades formais da negação e da implicação paraconsistentes. A análise desse fato é muito valiosa em si mesma, pois evidencia muitas características metalógicas importantes de LFI1 (e das LFIs e das lógicas paraconsistentes em geral), e avança o debate em torno da articulação entre Lógica e teoria da probabilidade, que afigura-se muito promissora quanto a seus ganhos em poder expressivo.

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Grupo de Estudos em Estética e Teoria da Arte lança e-book

O Grupo de Estudos em Estética e Teoria da Arte (Geeta) lançou seu primeiro livro digital, Arte, Estética e Modernidade.

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Departamento Filosofia