Teoria Crítica e Feminismo

O segundo número de Dissonância: Revista de Teoria Crítica receberá até o dia 10 de Julho de 2017 artigos que tenham como tema Teoria Crítica e Feminismo.

Falar em teoria crítica é falar em desnudar as relações ideológicas de dominação. Diga-se daí que trazer à luz o feminismo é algo paradigmático e que é próprio da teoria crítica.

A questão do feminismo é ela propriamente uma questão crítica, entretanto para que seja crítica nos termos da Teoria Crítica ela deve se ocupar também de apresentar possibilidades e potenciais emancipatórios ou de resistência dentro desse próprio diagnóstico que é a opressão de gênero e a dominação sobre a mulher. E é a esta rica relação entre Teoria Crítica e Feminismo que a Dissonância dedica o seu segundo número.

Apesar de não estar presente desde o surgimento da Teoria Crítica, têm-se como grandes expoentes da teoria crítica feminista pelo menos duas gerações de autoras e um amplo debate com outras correntes teóricas. Entre essas autoras da primeira geração estão Seyla Benhabib, Nancy Fraser, Iris Young, Jessica Benjamin, Maeve Cooke, Linda Nicholson. Como segunda geração, aparecem autoras contemporâneas como Amy Allen, Rahel Jaeggi e Estelle Ferrarese. Além disso, existe um frutífero campo de debate com outros autores e autoras que não são teóricos críticos, no sentido estrito, mas que enriquecem o campo de discussão: entre eles estão bell hooks, Patricia Hill Collins, Judith Butler, Drucilla Cornell, Carole Pateman, Carol Gilligan, Michel Foucault, correntes teóricas como o pós-estruturalismo e pós-colonialismo.

Notamos que apesar da maior parte de autores destacados serem do debate norte americano, a Dissonância: Revista de Teoria Crítica não exclui, e espera obter trabalhos, acerca de teóricas e teóricos que pensam a relação Feminismo e Teoria Crítica a partir de outras regiões. Nossa intenção é a de reunir artigos que visam compreender tanto como a Teoria Crítica pode contribuir para a realização de uma teoria feminista, quanto como o feminismo é condição para a elaboração de uma teoria que quer ser crítica, fomentando assim o debate sobre o tema.