Os Tupinambás no limite da razão

Tupinambás at the limit of reason

Autores

  • Ana Carolina Mondini Universidade Federal do Paraná

Resumo

O Brasil foi agraciado pelo olhar de Montaigne em análise rápida, porém, profunda
sobre o povo Tupinambá. O filósofo não apenas elogia esse povo indígena em muitos
aspectos, como aponta sua imensa semelhança com o povo europeu, tanto em relação aos
costumes barbarescos quanto às boas virtudes. Propõe aos seus concidadãos o autoexame
acerca de seus próprios hábitos, para que se institua uma observação humanizada do que
antes entenderam por selvagem. Apresenta, a partir disso, um sentido de humanidade
guiado pela concepção de natureza, que exclui estrategicamente os artificiosos costumes,
mas que, ao mesmo tempo, possibilita a manifestação da alteridade. O resultado disso será
a possibilidade de retornar o olhar para o outro, enquanto ser realmente existente, agora
com o julgamento amenizado em relação à influência dos próprios costumes: uma visão
antropológica.

Palavras-chave: Montaigne; Tupinambás; Humanidade; Natureza; Alteridade.

Biografia do Autor

Ana Carolina Mondini, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda em Filosofia na Universidade Federal do Paraná. Bolsista da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES, Brasil), com período sanduíche no
exterior em 2017, na EHESS (Paris, França).

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Publicado

2021-06-28

Como Citar

Carolina Mondini, A. (2021). Os Tupinambás no limite da razão: Tupinambás at the limit of reason. Modernos & Contemporâneos - International Journal of Philosophy [issn 2595-1211], 5(11). Recuperado de https://ojs.ifch.unicamp.br/index.php/modernoscontemporaneos/article/view/4465