Programa de Pós-Graduação em Filosofia - Linhas de Pesquisa

Linhas de Pesquisa

Esta linha de pesquisa é composta de estudos sobre a questão da trajetória dos temas clássicos da Antigüidade aos nossos dias, concentrando-se em subtemas: a) Historiografia da Arte sobre o largo período desde a Antigüidade até nossos dias; b) Questões de arqueologia clássica, de arte antiga e medieval, com estudos que formam um núcleo de questões vinculadas à Antigüidade Clássica e aos seus desdobramentos na Idade Média; c) Tradições clássicas no período Moderno e Contemporâneo, com estudo das projeções do universo clássico em épocas que vão do Renascimento aos nossos dias; d) Temas iconográficos, com estudos iconográficos e iconológicos comparados; e) História das Técnicas Artísticas; f) A Literatura artística e a fortuna dos tratados de arte, bem como os estudos sobre o léxico e sobre as estruturas retóricas dos discursos propositivos.

A História da Arte tem passado por diversas transformações que ampliaram seu campo de ação, seja no que é considerado Arte, seja nas abordagens aplicadas ao objeto artístico e ao sistema das artes. Temas como estudos da imagem, materialidade e circulação de objetos, reprodutibilidade, gênero, história das exposições, mídias e antropologia visual enriquecem o arcabouço teórico do campo e apresentam novos objetos, bem como novos olhares para temas tradicionais. Esta linha de pesquisa, portanto, tem como intuito formar alunos nos novos campos de conhecimento da História da Arte, sem se restringir a espaços geográficos ou recortes temporais pré-estabelecidos, e debater questões teóricas referentes ao desenvolvimento de novos métodos e instrumentos em perspectiva transnacional, como é caso das tradições artísticas não-europeias.

Os estudos articulados às obras de arte e de arquitetura, nos seus contextos originais ou atuais, têm sido um dos grandes desafios teóricos e metodológicos para os especialistas e conservadores, mas também para o grande público que frequenta museus, exposições, sítios e centros históricos. Tais desafios visam fomentar uma complexa compreensão dos valores sociais e culturais, visuais e técnicos, antropológicos e mesmo filosóficos inerentes ou atribuídos à obra de arte, à arquitetura, aos contextos urbanos e rurais preservados. Assim, esta linha de pesquisa prioriza os estudos de obras, acervos e coleções, a literatura artística e a produção crítica e estética, os espaços edificados e os sítios históricos, visando uma abordagem complexa na compreensão dos mais diversos valores sociais, culturais e artísticos das Artes, seus protagonistas e suas instituições. Contempla ainda a história intelectual na produção da historiografia e da crítica da arte brasileira e internacional, contando com acervos de referência importantes disponibilizados na Unicamp, como a coleção especial “Biblioteca Cicognara”, o acervo Alexandre Eulálio e as coleções bibliográficas presentes no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. 

Esta Linha de Pesquisa se concentra em temas que caracterizam os problemas centrais do domínio da arte e da cultura, do Renascimento aos nossos dias. O conjunto de interesses são: a) estudos sobre História da Arquitetura; b) estudos sobre a eclosão do Renascimento no século XV, sobre divulgação do Renascimento na Europa e sobre a crise Maneirista no século XVI; c) A renovação do século XVII, com estudos das formas culturais e artísticas ligadas ao surgimento da Contra-Reforma e do Absolutismo; d) Iluminismo e tradições no século XVIII , com estudos sobre a renovação "filosófica" do século XVIII, ligada à reforma das artes, de frente à permanência das formas do Antigo Regime; e) Arte do século da revolução industrial, com estudos voltados para a idéia de modernidade artística no século XIX, no seu sentido mais amplo; f) O século XX, abordando questões ligadas às experiências formais das vanguardas e das produções que lhes permaneceram paralelas; g) História da crítica de Arte.

Objetivos: A presente proposta visa ampliar o âmbito da formação dos alunos do Programa de Pós-Graduação em História, área de concentração História da Arte para incluir o estudo de arte não europeia, a saber, em quatro campos de estudos específicos: arte pré-colombiana, arte africana, arte japonesa e teoria da arte. A ideia da criação da nova linha de pesquisa surgiu com a doação da coleção do Prof. Rogério Cerqueira Leite à Unicamp, a qual oferecerá uma importante oportunidade para formação de alunos nesses novos campos de conhecimento. Além disso, a importante presença da cultura japonesa em São Paulo e a existência de uma forte tradição artística dentro desta comunidade, levou-nos a incluir uma formação em arte japonesa nesta linha. A presença da teoria da arte como campo de formação visa introduzir uma reflexão consequente sobre novas teorias e métodos, assim como sobre a história da história da arte no curso.

Acesse link para entrevista "Diálogo sem Fronteira - Os Desafios do Estudo da Arte não Européia"

Descrição: Esta linha de pesquisa concentra-se nas tradições não europeias da arte e em questões teóricas referentes ao desenvolvimento de novos métodos e instrumentos para uma história da arte em perspectiva global. A linha atribui especial ênfase a questões sobre: 1) arte pré-colombiana: incluindo a produção artística dos diversos povos que habitaram o continente Americano antes da chegada dos Europeus, assim como questões relativas à sua recepção, colecionismo, conservação e interação com a produção artística e cultural, desde sua produção, até a atualidade. 2) arte asiática: incluindo o estudo de sua produção, recepção e circulação nos países asiáticos e no mundo, desde os tempos pré-históricos até a atualidade. A produção artística e visual da comunidade asiática no Brasil, em todos os seus aspectos e em sua interação com o ambiente local, do século XIX à atualidade, também será contemplada. 3) arte africana: incluindo sua produção recepção e circulação no continente africano e na diáspora negra, em todos os períodos históricos. Arte afro-brasileira, dos tempos da colônia à atualidade também será um dos focos da linha. 4) teoria da arte: incluirá estudos sobre questões teóricas e metodológicas relacionadas à expansão da disciplina da história da arte em direção a novos campos de estudo, em particular para o estudo de tradições não-europeias da arte. Teorias e questões relacionadas à construção de uma História da Arte Global serão também contempladas. 5) estudo de outras tradições não-europeias, em todos os períodos históricos, também serão contemplados na presente linha de pesquisa. Esta linha de pesquisa conta com o apoio da Fundação Getty de Los Angeles que por um período de dois anos financiará a vinda de professores visitantes especialistas em arte não-europeia para ministrar cursos semestrais junto ao Programa.

APPADURAI, Arjun (org.). A vida social das coisas. As mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Eduff, 2008. 
AVOLESE, Cláudia e MENESES, Patricia D. (orgs.). Arte não-europeia: perspectivas historiográficas a partir do Brasil. São Paulo: Estação Liberdade, 2020. 
BELTING, Hans. O fim da História da Arte. São Paulo: Cosac Naify, 2012. 
CLARK, T. J. Modernismos. São Paulo: Cosac Naify, 2007. 
FOSTER, Hal. O Retorno do Real. São Paulo: UBU, 2017.
GELL, Alfred. Arte e Agência. São Paulo: UBU, 2018.
PANOSKY, Erwin. Estudos de iconologia: temas humanísticos na arte do Renascimento. São Paulo: Estampa, 1995. 
ROCHA-PEIXOTO, Gustavo. A estratégia da aranha ou da possibilidade de um ensino metahistórico em arquitetura. Rio de Janeiro: RioBooks, 2013. 
RYKWERT, Joseph. A coluna dançante. São Paulo: Perspectiva, 2015. 
SANT´ANNA, Márcia. Da cidade-monumento à cidade documento. Salvador: Oiti Editora, 2014. 

Explorar as diversas formas pelas quais as linguagens políticas se definem e se exteriorizam constitui objetivo central dos temas e campos de pesquisas inscritos na historiografia, nas espacialidades e nas formas de representação discursivas em suas diferentes vertentes teóricas e métodos de tratamento da documentação. Interessa-nos investigar as dimensões políticas, sociais e culturais de diferentes disciplinas, em diversas temporalidades, aqui percebidas no entrecruzamento com as espacialidades, contemplando formas, linguagens e dinâmicas urbanas, literárias e editoriais. Soma-se a essas preocupações um entendimento da importância das transformações do discurso histórico e da disciplina História na esfera pública hodierna. Por conseguinte, também interessa à linha o estudo das diferentes modalidades de publicização do conhecimento histórico por intermédio das mídias e humanidades digitais, entre outras possibilidades, nelas incluídos a formação de redes e os debates intelectuais em escala global. 

A linha congrega pesquisas voltadas ao estudo das desigualdades na África e nas Américas em contextos coloniais e pós-coloniais, com enfoque na constituição de categorias de exclusão e pertencimento no âmbito das relações sociais, culturais, econômicas, políticas e étnico-raciais. O desenvolvimento desta problemática implica o estudo das culturas políticas de sujeitos em situação de exclusão e o modo como elas informam a percepção de seus lugares nas relações sociais e as suas lutas por prerrogativas e direitos políticos frente aos aparatos institucionais dos estados coloniais e do estado-nação. Para tanto, mobiliza-se um referencial bibliográfico que questiona os cânones historiográficos etnocêntricos estritamente atrelados aos marcos do estado-nação, colocando em evidência as dinâmicas políticas constituídas a partir dos trânsitos de pessoas e ideias, particularmente suas diferentes formas de identificação coletiva.

ANSART, Pierre. A gestão das paixões políticas. Trad. Jacy Seixas. Curitiba: Editora da UFPR, 2019.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I [Magia e Técnica, Arte e Política], II [Rua de Mão Única], III [Charles Baudelaire. Um lírico no auge do capitalismo]. São Paulo: Brasiliense, 1985, 1987, 1989.
COOPER, Frederick. Conflito e conexão: repensando a História Colonial da África. Anos 90, Porto Alegre, v. 15, n. 27, 21-73. Julho de 2008. 
DARNTON, Robert. Censores em ação: como os Estados influenciaram a literatura. Trad. Rubens Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo; Rio de Janeiro: Editora 34: Universidade Candido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiaticos, 2012.
HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2014.
KOSELLECK, Reinhardt. Futuro passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos. Trad. Wilma Maas e Carlos Almeida Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto/ed. PUC-Rio, 2006.
MONTEIRO, John. Negros da Terra. Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: EXO experimental org.; Ed. 34, 2005.
TROUILLOT, Michel-Rolphj. Silenciando o passado: poder e a produção da história. Curitiba: Huya, 2016.
 

 

A linha de pesquisa desenvolve reflexões historiográficas e metodológicas na perspectiva da história cultural. Tem como objetivo central analisar representações e práticas culturais em temáticas localizadas em espaços e temporalidades diferenciadas. Volta-se ao estudo das linguagens, da literatura, das artes, das idéias filosóficas e políticas, dos sistemas religiosos como práticas de significação históricas e culturais que tratam da organização de atividades, instituições e relações em diferentes momentos históricos e aos estudos de historiografia no que se refere à metodologia e às práticas escritas da história com enfoque nas narrativas, interpretações, subjetividades, alteridades.

São eixos centrais de pesquisa dos docentes que compõem a linha:

2.1.1) História cultural das religiões no Brasil dos séculos XIX e XX; missionarismo, Gênero e Religião; questões teóricas e metodológicas sobre história e historiografia das religiões.
2.1.2) História e historiografia da Igreja com ênfase em seu papel na normatização de condutas e sua interação com estruturas de poder gerais e locais entre os séculos VI e XIV;
2.1.3) Religiões do Novo Mundo; catequese; crônicas religiosas e hagiografia nos séculos XVI e XVII; Inquisição.
2.1.4) Estudos de correntes historiográficas nacionais e internacionais como produções culturais.

Bibliografia:

ASSMANN, Aleida. Espaços da Recordação. Campinas: Editora Unicamp, 2011 

CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense, 2008 

CHARTIER, Roger. A História Cultural entre práticas e representações. Lisboa: Presença, 1998 

Enciclopedia EINAUDI, Vol 12. “Mithos/Logos, Sagrado/Profano”. Lisboa: Imprensa Nacional- Casa da Moeda, 1997

GINZBURG, Carlo. Olhos de Madeira: Nove Reflexões sobre a Distância. São Paulo: Cia das Letras, 2001 

GRAY, John. Missa Negra. Rio de Janeiro: Record, 2008 

HARTOG, François. “A Arte da Narrativa Histórica”. In BOUTIER, Jean e JULIA, Dominique (org.). Passados Recompostos: campos e canteiros da História. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ/Ed. FGV, 1998, pp. 193-202 

HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2014 

KOSELLECK, Reinhardt. O Conceito de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2013 

LOWENTHAL, David. The Past is a Foreign Country. Cambridge: Cambridge University Press, 1985 

MASSENZIO, Marcelo. A História das Religiões na Cultura Moderna. São Paulo: Hedra, 2005 MONTERO, Paula. Deus na Aldeia: missionários, índios e mediação cultural. São Paulo: Globo, 2006 

NORA, Pierre. “Entre a Memória e a História: A problemática dos lugares”. Projeto História 10 (PUC, 1993): 7-28

SILVA, Marcio-Seligman (org). História, Memória, Literatura. Campinas: Editora da Unicamp, 2003 

SMITH, Bonnie G. Gênero e História: homens, mulheres e práticas históricas. Bauru: EDUSC, 2004 

SPIEGEL, Gabrielle M. The Past as Text: The Theory and Practice of Medieval Historiography. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1997 

 

 

Esta linha de pesquisa aborda temas e problematiza questões ligadas à sexualidade e à produção das subjetividades, na perspectiva da História Cultural, das representações cartográficas, da expressão artística e da cultura material. Investiga as formas históricas de manifestação do poder e dos contra-poderes, articulando-as aos conceitos de classe, gênero, raça e etnia. Trabalha com a Cultura Material, considerada como um novo campo de investigação histórica, útil para os estudos sobre a Antiguidade Clássica, assim como para os relativos à Modernidade e à Pós-Modernidade. Desenvolve e incentiva estudos sobre história da cartografia e temas afins, como relatos de viagens e questões de fronteiras.

Bibliografia:

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão de Identidade. São Paulo: Civilização Brasileira, 2003.

CERTEAU, Michel De. História e psicanálise: entre ciência e ficção.Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A vontade de saber. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J.A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro, Edições Graal, 2007. (16ª ed.).

______ História da Sexualidade II. O Uso dos Prazeres. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2006 (11ª ed.).

______ História da Sexualidade III. O cuidado de si. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2007 (9ª ed.).

______ Microfísica do Poder. Trad. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1978.

______ Nascimento da biopolítica. Curso dado no Collège de France (1978-1979). Trad. Eduardo Brandão.São Paulo: Martins Fontes, 2008.

FUNARI, Pedro Paulo; RAGO, Margareth. Subjetividades antigas e modernas. São Paulo: Editora Ananablume, 2008.

HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. Contraponto: Rio de Janeiro, 2014.

KOSELLECK, R. Futuro Passado. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.

McLAREN, Margaret A. Feminism, Foucault, and Embodied Subjectivity. New York: State University of New York Press, 2002. 

MURGEL, Ana Carolina Arruda de Toledo; RAGO, Margareth. Paisagens e Tramas. O gênero entre a arte e a História. São Paulo: Intermeios, 2013.

RICHARD, Nelly. Intervenções Críticas. Arte, cultura, gênero e política. Belo Horizonte: UFMG, 2002.

TVARDOVSKAS, Luana Saturnino. Dramatização dos Corpos: arte contemporânea e crítica feminista no Brasil e na Argentina. São Paulo: Intermeios, 2015.

VEYNE, Paul. Como se escreve a história. Foucault revoluciona a história. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982.

 

Esta linha de pesquisa desenvolve uma reflexão política, historiográfica e metodológica sobre o universo da cultura centrada nos sujeitos históricos e em sua diversidade, enfocando os confrontos culturais presentes em diferentes espaços e práticas sociais. Quatro grandes eixos articulam o conjunto de trabalhos em andamento: um enfatiza a experiência de negros, africanos e seus descendentes durante o período escravista e no pós-abolição. Um segundo enfoca a "história dos índios", articulando abordagens da história e da antropologia. O terceiro eixo volta-se especificamente para os intelectuais, em especial os literatos e folcloristas que pensaram, tematizaram e investigaram aquilo que definiam como "o popular". Finalmente, o quarto toma como objeto as tradições festivas e coletivas das ruas, procurando múltiplos significados em situações que a bibliografia mais tradicional tendeu a eleger como expressões da identidade brasileira. 

Bibliografia:

ABREU, Martha. O Império do Divino. Festas religiosas e cultura popular no Rio de Janeiro, 1830-1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses Indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003 

AZEVEDO, Elciene; CANO, Jefferson; CUNHA, Maria Clementina Pereira e CHALHOUB, Sidney (org.). Trabalhadores na Cidade: cotidiano e cultura no Rio de Janeiro e em São Paulo, séculos XIX e XX. Campinas: Ed. da Unicamp, 2009. 

CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis, historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003 CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na 

Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. 

CHALHOUB, Sidney; NEVES, Margarida S.; e PEREIRA, Leonardo A. M. (org.). História em cousas miúdas: capítulos de História Social da crônica no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2005. 

CUNHA, Maria Clementina Pereira (org.). Carnavais e outras F(r)estas. Campinas: Editora da Unicamp, 2002 

CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da Folia. Uma história social do carnaval carioca entre 1880 e 1920. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 

DARNTON, Robert. O Grande Massacre de Gatos. (trad.) Rio de Janeiro: Graal, 1986. 

DAVIS, Nathalie Zemon. Nas margens. (trad.) São Paulo: Companhia das Letras. 

GINZBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes. (trad.) São Paulo: Companhia das Letras, 1987. 

KARASCH, Mary. Vida Escrava no Rio de Janeiro, 1808-1850. (trad.) São Paulo: Companhia das Letras, 2000. 

LARA, Silvia Hunold e Mendonça, Joseli Maria Nunes (orgs.). Direitos e Justiças no Brasil. Ensaios de história social. Campinas: Editora da Unicamp, 2006 

LARA, Silvia Hunold e PACHECO, Gustavo (orgs.). Memória do Jongo: as gravações históricas de Stanley J. Stein. Vassouras, 1949. Rio de Janeiro: Folha Seca/ Cecult, 2007. 

LARA, Silvia Hunold, Fragmentos setecentistas. Escravidão, cultura e poder na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. 

MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. 

PERROT, Michelle. Os Excluídos da História. (trad.) Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. 

REGINALDO, Lucilene. Os Rosários dos Angolas. Irmandades de africanos e crioulos na Bahia Setecentista. São Paulo: Alameda, 2011.

REIS, João José, Domingos Sodré, um sacerdote africano. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 

SLENES, Robert W. Na Senzala, uma Flor. Esperanças e recordações na formação da família escrava - Brasil Sudeste, século XIX. Campinas, Editora da Unicamp, 2011. 

THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa. (trad.) Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 

THOMPSON, E. P. Costumes em Comum. (trad.) São Paulo: Companhia das Letras, 1998. Coleção Várias Histórias. Campinas, Editora da Unicamp (ver www.unicamp.br/cecult).

 

Esta linha tem como tema principal a experiência dos trabalhadores urbanos e rurais em sua diversidade, enfocando os diferentes aspectos que compõem o mundo do trabalho: os processos produtivos e as relações de produção no local de trabalho; a organização dos trabalhadores e os movimentos sociais; os movimentos migratórios; os espaços do cotidiano, com suas condições e práticas específicas de lazer, moradia e saúde; a cultura, os valores e concepções que informam as relações de classe; os diferentes projetos e as disputas políticas em torno das relações de trabalho; as relações dos trabalhadores com as instituições e os espaços públicos e sua atuação frente às instâncias do legislativo e do judiciário.

Bilbiografia:

ARAÚJO, Angela. A Construção do Consentimento. Corporativismo e trabalhadores nos anos trinta. São Paulo: Scritta, 1998. 

BATALHA, Cláudio et al (orgs). Culturas de classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas, Editora da Unicamp, 2005. 

BATALHA, Cláudio. O movimento operário na Primeira República. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. 

CASTORIADIS, Cornelius. A Experiência do Movimento Operário. São Paulo: Brasiliense, 1984. CHAUí, Marilena. "Apontamentos para uma Crítica da Ação Integralista Brasileira". In: Ideologia e 

Mobilização Popular. São Paulo, CEDEC/Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978.
COSTA, Hélio da. Em Busca da Memória. Comissão de fábrica, partido e sindicato no pós-guerra. São Paulo: Scritta, 1995.

DE DECCA, Maria Auxiliadora. A Vida Fora das Fábricas. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. 

FERREIRA, Jorge (org.). O populismo e sua história: debate e crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. 

GOMES, Angela M. Castro. Burguesia e Trabalho: Política e Legislação Social no Brasil 1917/37. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1979. 

________. A Invenção do Trabalhismo.São Paulo: Vértice/IUPERJ, 1988. 

HALL, Michael. "O movimento operário na cidade de São Paulo, 1890-1954". In: PORTA, Paula (org.). História da cidade de São Paulo. A cidade na primeira metade do século XX, 1890-1954. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004, v. 3. 

HALL, Michael. "A imigração na cidade de São Paulo", in: PORTA, Paula (org.). História da cidade de São Paulo. A cidade na primeira metade do século XX, 1890-1954. São Paulo: Paz e Terra, 2004, v. 3. 

HARDMAN, Francisco Foot. Nem pátria, nem patrão: memória operária, cultura e literatura no Brasil. São Paulo: Ed. da Unesp, 2002. 

HAUPT, Georges. Por Que a História do Movimento Operário? Revista Brasileira de História, n. 10, 1986. 

HOBSBAWM, Eric. Mundos do Trabalho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 

LENHARO, Alcir. Sacralização da Política. Campinas: Papirus, 1986. 

PERROT, Michelle. Os Excluídos da História. São Paulo: Paz e Terra 1989. 

PINHEIRO, P. Sérgio e HALL, M.. A Classe Operária no Brasil. vol. 1, Alfa Omega, vol. 2, São Paulo: Brasiliense, 1981. 

SILVA, Fernando Teixeira da e NEGRO, Antonio Luigi. "Trabalhadores, sindicatos e política (1945-1964)”. In: FERREIRA, Jorge e Delgado, Lucília de Almeida N. O Brasil republicano. O tempo da experiência democrática: da democratização de 1945 ao golpe civil-militar de 1964. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, vol. 3. 

SILVA, Fernando Teixeira da. Operários sem patrões: os trabalhadores da cidade de Santos no entreguerras. Campinas, Editora da Unicamp, 2003. 

STOLCKE, Verena. Cafeicultura, Homens, Mulheres e Capital (1850-1980). São Paulo: Brasiliense, 1986. 

TOLEDO, Edilene T. Anarquismo e sindicalismo revolucionário: trabalhadores e militantes em São Paulo na Primeira República. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2004. 

THOMPSON, E. P.. A Formação da Classe Operária Inglesa. 3 vols., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 

Esta linha estuda os processos de formação de sociedades, culturas e identidades sociais na África e no contexto da Diáspora Africana na América, no Oriente Médio e no Índico a partir de questões comparativas ou centradas em realidades africanas. Por exemplo, são bem-vindos estudos sobre a escravidão e o escravismo na África e na América, a definição social de “raça” nos países de antiga colonização portuguesa, inglesa, ou francesa, a re-significação de símbolos e rituais religiosos no encontro de africanos e afro-descendentes com o cristianismo e com o islamismo, os “mundos do trabalho” em espaços urbanos. São também de grande interesse estudos sobre as rotas comerciais que conectavam o norte, o centro e o sul do continente africano, os movimentos messiânicos, a formação dos Estados conquista, a resistência ao estabelecimento dos Estados coloniais, os movimentos de libertação nacional, a formação histórica das literaturas nacionais. 

Bibliografia:

FALOLA, Toyin, e Childs, Matt D. (org). The Yoruba diaspora in the Atlantic World. Bloomington: Indiana University Press, 2004. 

FEIERMAN, Steven. “African histories and the dissolution of world history”. In: BATES, R. H.; MUDIMBE, V. Y.; O’BARR, J. (editors). Africa and the disciplines: the contributions of research in Africa to the Social Sciences and Humanities. Chicago: University of Chicago Press, 1993, pp.167- 212. 

HENRIQUES, Isabel Castro. Percursos da modernidade em Angola. Dinâmicas comerciais e transformações sociais no século XIX. Lisboa: IICT/Instituto de Cooperação portuguesa, 1997. 

HEYWOOD, Linda M. (org). Central Africans and Cultural Transformations in the American Diaspora. Cambridge: Cambridge University Press, 2002. 

_____. Diáspora Africana no Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 2008.
MINTZ, Sidney, e PRICE, Richard. O Nascimento da Cultura Afro-americana: Uma Perspectiva 

Antropológica. Rio de janeiro: Pallas/Universidade Cândido Mendes, 2003.
REGINALDO, Lucilene. Os Rosários dos Angolas. Irmandades de africanos e crioulos na Bahia 

Setecentista. São Paulo: Alameda/FAPESP, 2011.

REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil. A história do levante dos Malês em 1835. São Paulo: 

Companhia das Letras, 2003. SANTOS, Catarina Madeira; TAVARES, Ana Paula. Africae monumenta: a apropriação da escrita pelos africanos. Lisboa: Instituto de Investigação Cientifica Tropical, 2002.

SWEET, James H. Recriar África. Cultura, parentesco e religião no mundo afro-português (1441- 1770). Lisboa: Edições 70, 2007.

_____. Domingos Álvares: African Healing, and the Intellectual History of the Atlantic World. Chapel Hill: The University of Carolina Press, 2011.

SLENES, Robert W. Na Senzala, uma Flor. Esperanças e recordações na formação da família escrava - Brasil Sudeste, século XIX. Campinas: Editora da Unicamp, 2011. 

THOMAZ, Omar Ribeiro. Ecos do Atlântico Sul. Representações sobre o Terceiro Império Português. Rio de Janeiro: Editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro/ FAPESP, 2002. 

THORNTON, John K. A África e os Africanos na Formação do Mundo Atlântico, 1400-1800. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2004. 

VANSINA, Jan. Paths in the Rainforests: Toward a History of Political Tradition in Equatorial África. Madison: University of Wisconsin Press, 1990. 

VANSINA, Jan. How Societies are Born: Governance in West Central Africa Before 1600. Charlottesville: University of Virginia Press, 2004. 

Vários organizadores. História Geral da África. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2011. (Coleção História Geral da África 8 volumes). Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br 

Vários organizadores. The Cambridge History of Africa. Cambridge: Cambridge University Press, 1986. (8 volumes) 

 

 

A linha tem como tema principal a experiência dos trabalhadores na escravidão e na liberdade, problematizando as fronteiras entre as várias formas de compulsão ao trabalho. As pesquisas analisam as relações entre os trabalhadores e outros sujeitos sociais (senhores, patrões, autoridades), suas formas de organização e atuação (irmandades, associações, clubes, sindicatos, partidos), lutas e movimentos sociais (quilombos, revoltas, insurreições, paralisações), modos de vida e cotidiano (habitação, saúde, lazer, religião, instrução, alimentação), valores e concepções (tradições, costumes, crenças, ideologias, utopias), embates nas arenas legais e judiciais, produção cultural e intelectual (imprensa, teatro, literatura, memórias).

Esta linha estuda a formação de sociedades, culturas e identidades na África e na diáspora africana nas Américas, suas transformações e as conexões estabelecidas no mundo atlântico. As pesquisas conduzidas pelos integrantes da linha englobam o estudo da religiosidade de africanos e afro-descendentes (cultos africanos de aflição, cristianismo, candomblé, umbanda); das identidades africanas e diaspóricas (sociais, políticas, de gênero); das diferentes formas de exploração do trabalho africano (escravizado, forçado, assalariado); da construção de representações da África e dos africanos na diáspora (em relatos de viagens, memórias, literatura); das variadas formas de lutas na África e nas Américas (fuga, quilombo, insurreição, movimentos de independência); da análise do direito consuetudinário e positivo (costumes, leis coloniais, constituições); e da construção do racismo e da racialização nas sociedades africanas e diaspóricas. Interessa ainda o estudo da formação de redes políticas e intelectuais de contestação aos estados coloniais, suas relações com os movimentos de libertação nacional e com as lutas sociais pós-independência.


COOPER, Frederick. História de África: Capitalismo, Modernidade e Globalização. Lisboa: Edições 70, 2016.
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Esta linha de pesquisa aborda temas e problematiza questões ligadas à produção da subjetividade, à sexualidade, aos feminismos e ao meio ambiente, na perspectiva da História Cultural, da expressão artística e da cultura material. Investiga as formas históricas de manifestação do poder e dos contrapoderes, articulando-as aos conceitos de classe, gênero, etnia e raça como construções sociais. Promove reflexões sobre a historicidade das culturas e de nosso próprio presente, em suas múltiplas camadas temporais e espaciais, como nas análises críticas do neoliberalismo, dos colapsos e crises socioambientais, assim como na investigação das rupturas, insurgências e contracondutas nas práticas coletivas e individuais. Trabalha com a Cultura Material, considerada como um novo campo de investigação histórica, útil para os estudos sobre a Antiguidade Clássica, assim como para os relativos à Modernidade e à Pós-Modernidade. Propõe reflexões sobre a contemporaneidade, entendida como fase de crise do capitalismo, incorporando, por um lado, a crítica da representação e da função mediadora das imagens, e por outro, a crítica do trabalho e da socialização do valor. Desenvolve e incentiva pesquisas históricas sobre cultura material, movimentos sociais, culturais e políticos radicais dos séculos XX e XXI, poéticas e práticas feministas, estudos sobre contracultura e também sobre os processos históricos de degradação e regressão socioambiental que vêm se acelerando notadamente no último meio século.

A linha, em sua multiplicidade, propõe abordagens historiográficas a partir de temáticas que expressem as mobilidades representacionais da história contemporânea e do tempo presente. As pesquisas históricas têm incorporado discussões, procedimentos e proposições que reafirmam a função política, social e cultural da escrita da História e seu potencial crítico no debate público. Desnaturalizar discursos, questionar legitimações e institucionalidades, compreender e criticar dinâmicas de silenciamentos e invisibilidades, indagar sobre sujeitos, vozes e perspectivas são princípios básicos do conhecimento histórico praticado nesta linha. Dentre seus campos de atuação, investiga as relações entre políticas de memória, os esquecimentos, apagamentos  e ressignificações, buscando compreender o ato da preservação -  e da destruição - como ligados a práticas, instituições, atores, usos e embates sobre as materialidades e as dimensões intangíveis dos bens culturais, seja no campo dos estudos sobre o patrimônio, seja no campo dos estudos visuais, na dimensão da história intelectual e cultural, nos estudos sobre as paisagens e na conformação sobre os espaços públicos e a domesticidade. Tais procedimentos são configurados por governabilidades, perpassadas por instituições, comunidades, construção de subjetividades, debates intelectuais, protocolos e sanções de valores e significados, desejos e convencimentos. Essa condensação de sentidos nas imagens, nas políticas de memória, nos patrimônios e debates intelectuais instiga a história e enreda-se a um jogo de temporalidades e de dinâmicas locais, regionais e globais. As questões do contemporâneo ultrapassam o marco cronológico e remetem à compreensão de temas e lógicas espaço-temporais que incluem o tempo presente, os fluxos e interconexões que envolvem temas clássicos, assimetrias, homogeneizações e desdobramentos de experiências singulares e coletivas em escalas múltiplas. Trata-se de observar como se articulam relações temporais, das quais o presente deriva e participa, propiciando o estudo das temporalidades históricas e seus agenciamentos. Os temas desta linha de pesquisa envolvem a dimensão social das práticas intelectuais, das representações visuais historicamente constituídas e a reflexão sobre as plurais manifestações dos patrimônios. Busca-se compreender as estratégias de memória, a historicidade dos conceitos e a construção da paisagem e percursos intelectuais, visuais, sociais, políticos e culturais.

ALLOA, Emmanuel (org.). Pensar a Imagem. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
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Esta linha compõe um campo de trabalho sobre a produção do universo urbano na sociedade moderna pela construção da história da cidade em várias linguagens e áreas de conhecimento. A cidade é pensada como o lugar simbólico e político da formação do cidadão – o sujeito jurídico de direitos – e o modo pelo qual desenvolve diferentes formas de sensibilidade e de percepção e apropriação do espaço edificado, público e privado, a partir de diversos pontos de vista (conhecimentos especializados e vivências cotidianas). Dedica especial atenção ao estudo da representação da cidade pela produção técnica e artística – os meios de comunicação de massa (fotografia, cinema e outras mídias) – e pelas memórias/esquecimentos presentes na configuração das camadas temporais que a constituem. Estuda ainda, as idealizações do espaço urbano e de seu planejamento bem como as diferentes estratégias de intervenção que fazem da cidade um laboratório experimental de diversos saberes (medicina, higiene, arquitetura e instituições sociais) no intuito de transformá-la em ambiente normatizado e previsível. Desse modo, a cidade e seus componentes, visualizados a partir da perspectiva histórica em toda a sua complexidade, configura seu núcleo de atenção.

Bibliografia

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A história e a cultura políticas podem ser compreendidas levando-se em conta as motivações, a um só tempo conscientes e inconscientes, das ações humanas, individuais e coletivas. As pesquisas desenvolvidas destacam a reverberação dos sentimentos, sensibilidades e paixões nas ações políticas, nas práticas culturais e na produção de memórias. Nesse sentido, a linha define uma ampla área de trabalho em quatro campos de reflexão. 1) manifestações do pensamento político moderno (sécs. XVII - XXI): suas matrizes teóricas; os temas imbricados em sua argumentação (indivíduo, liberdade, poder, trabalho, riqueza, pobreza, doença social, revolução, cidadania, jogo partidário, Estado); sua dimensão Estética nas diversas formas de produção literárias e artística; suas relações entre saber, memória e poder. 2) pensamento político em situações históricas específicas nas quais se exterioriza temporalmente na modernidade euro-americana; 3) práticas políticas (linguagens, governabilidades, jogos de representação, dimensões simbólicas e utópicas das experiências moderna e contemporânea), e práticas culturais (literatura, alimentação, fotografia, cinema e ilustrações) vivenciadas nestes espaços; 4) análise da Historiografia brasileira e internacional sobre esses campos e temas, os vínculos entre a memória e a história e as relações tecidas entre os conceitos, representações e imaginário.

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A linha de pesquisa Cultura Visual, História Intelectual e Patrimônios, em sua multiplicidade, propõe abordagens historiográficas a partir de temáticas que expressem as mobilidades representacionais do período contemporâneo. No diálogo entre a dimensão social das práticas intelectuais, das representações visuais historicamente constituídas e a reflexão sobre as plurais manifestações dos patrimônios, busca-se compreender as estratégias de memória, a historicidade dos conceitos e a construção da paisagem e percursos intelectuais, visuais, sociais, políticos e culturais.

Na perspectiva do diálogo em que campos diferentes dialoguem sem excluir suas especificidades, as pesquisas em desenvolvimento contemplam alguns eixos principais:

  • a cultura visual problematiza o processo de desnaturalização do objeto artístico e da imagem e indaga-se sobre formas de rememoração e esquecimento, as operações de cristalização da memória em suas diferentes representações, materialidades, hábitos, percepções e perpetuações imagéticas;
  • a história intelectual aborda as formas discursivas do pensamento, a dimensão social das práticas intelectuais, a historicidade dos conceitos, a trajetória de pensamentos, autores e grupos sociais e suas intervenções políticas, culturais e sociais no domínio do espaço público;
  • os patrimônios remetem à própria constituição do campo, refletindo sobre suas origens políticas e institucionais, sua refração junto às práticas sociais e a investigação dos patrimônios histórico, artístico, industrial, moderno, intangível, assim como para a reflexão sobre os modos de constituição dos acervos, de valorização e criação de passados possíveis.
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